A ESSÊNCIA E O CONCEITO ORIGINÁRIO DE FINITUDE (TEXTO DE MICHEL HENRY)
É preciso levar em conta aqui fortemente o significado de um problema que considera a essência. O caráter ontológico dessa problemática significa que a essência constitui por si mesma a condição de possibilidade do aparecer enquanto tal. Se o elemento ôntico define uma condição dessa possibilidade, se pertence à estrutura interna do ato de aparecer considerado e ele próprio, então também pertence à essência, então trata-se de algo de caráter ontológico. O que deve ser questionado é a própria definição de tal elemento como ôntico. O que deve ser repensado é a distinção feita no real entre o que é ôntico e o que é ontológico. Bem, não se pode dissociar o que aparece e o ato de aparecer se o conteúdo concreto do que aparece pertence como elemento constitutivo à própria estrutura do ato de aparecer como tal. É ou não o ente é uma condição da manifestação?
A tese segundo a qual o ente deve
ser entendido, como elemento pertencente ao devir fenomênico da
essência da fenomenalidade, como condição de seu ser efetivo, é absurda. Como poderia ser o
ente aquilo sobre o qual a essência pura da manifestação se faz visível a ela
mesma se ela já não era e se encontrava ali? E como poderia o ente apenas estar aí, isto é, aparecer, se o ato de
aparecer, considerado em e por si, não tivesse se cumprido? O cumprimento completo da essência original e
pura da manifestação é o que permite que o ente esteja lá. A
essência é, portanto, realizada como uma essência concreta que funda o
devir fenomênico do ente quando ele finalmente aparece. Para realizar o
devir efetivo da essência, o ente sempre vem depois, pois o pressupõe.
Quando se diz que o em-si
é o que se torna para si mesmo, uma proposição ambígua é
formulada. Pois, o ser-em-si tem em si nada em comum com o para-si. O para-si designa
a dimensão fenomenal da existência, para a qual o em-si é, como
tal, profundamente estranho. O fato do ser-em-si penetrar nessa
dimensão da fenomenalidade não significa que ele é em si mesmo essa
manifestação da luz pura. É tão pouco, para dizer a
verdade, que, assim que entra, se retira e volta para a noite. Esse
retorno à noite de sua condição original não poderia ser realizado pelo
ente, é claro, se fosse em si mesmo idêntico ao ser de luz.
O ente é sempre isso
ou aquilo. Devido à singularidade de seu conteúdo específico, ele é
diferente. Mas o poder ontológico que o manifesta é sempre o
mesmo. A natureza particular do ente é indiferente à luz que a
ilumina. O que promove a determinação, seja ela qual for e
apesar de sua contingência, dentro da dimensão aberta da existência
é uma obra única e sempre a mesma. O que fundamenta seu caráter fenomenal
não é o caráter determinado do objeto, mas seu caráter objetivo. O
fato de se manifestar é alheio à natureza determinada da determinação. O
ser universal não encontra seu fundamento na contingência da determinação
ôntica.
A indiferença do
ato de aparecer em relação ao conteúdo do que realmente aparece a cada vez
implica necessariamente uma independência do devir real do
aparecimento em relação ao elemento ôntico que nela se mostra. Significará,
isso, então o Selbstiindigkeit [autonomia] da essência? A contingência
do conteúdo da determinação aí existente não é antes o sinal de
uma necessidade e, como tal, não está implícita na realização do
ser efetivo da fenomenalidade? Pois a contingência do conteúdo
não exclui, mas talvez pressupõe sua existência, seja ela qual
for.
Em Kant, qualquer diversidade empírica
é pensada, entretanto, como o que é exigido em todo conhecimento real,
e isso como uma condição. O caráter universal e puro da categoria não
a impede de encontrar seu uso efetivo apenas por meio da mediação da intuição
empírica. Assim, o caráter contingente da determinação ôntica
não exclui seu pertencimento necessário ao cumprimento da essência. O significado
fenomenológico da pertença da determinação à realização da essência
encontra sua origem na compreensão de sua estrutura interna. A
essência da manifestação é pensada, tanto pela filosofia do ser
quanto pela da consciência, como oposição.
No processo ontológico
de oposição, o fenômeno surge como aquilo que é colocado antes
dele. A profunda ambiguidade do termo assim colocado antes
deve ser finalmente denunciada. O que surge pela mediação da essência da
oposição em um primeiro plano de luz e como condição de devir efetivo da manifestação
não é o ente, é este próprio primeiro plano e, como tal, é o horizonte
transcendental do ser. No desdobramento do horizonte transcendental do
ser, a obra da essência se esgota; com ela ocorre o verdadeiro
devir da fenomenalidade. Quando esse horizonte se desdobra, quando
o campo de visibilidade transcendental se abre, então e só então o
ente é capaz de estar lá.
Longe de o ente ser
uma condição do devir fenomênico desse campo fenomenológico original e
puro, é no tornar-se visível desse campo, e somente nele, que o ente pode
ser visto. O estar-aí do ente ocorre no conhecimento ôntico; mas
ele pressupõe, como condição desse estar-aí, ou melhor, como esse mesmo estar-aí
enquanto tal, a realização do conhecimento ontológico, ou
seja, a abertura do horizonte do ser. O contrarium que,
no contexto da compreensão da essência da manifestação como oposição, é
pensado, a partir de Böhme , como a condição do devir
fenomênico da fenomenalidade , deve ser captado não como um
elemento ôntico, mas na nudez de sua significação pura ontológica.
O avanço da filosofia
do ser consistiu justamente na atualização desse sentido puro a partir de representações
nas quais o processo ontológico de oposição foi captado de forma confusa e
ainda foi interpretado como um processo de ordem ôntica. A
distância que a oposição estabelece e que define o campo aberto da fenomenalidade foi inicialmente pensada como
uma distância "real". O conceito de distância, que vale
como categoria de ser, vincula-se ao de ser-o-estar-distante entendido,
no pano de fundo desse vínculo, como realidade ôntica.
O ser-distante enquanto
tal, porém, não é o ente, mas o que lhe permite se manifestar. O que
está assim longe na obra original da essência e como condição de
manifestação do ente, a tal ponto não é esse ente em si, que, para falar a
verdade, não é nada (rien). O que é mantido à distância
na realização original da transcendência é o horizonte do nada (néant). É
o nada, não o ente, que é objetado na objetificação e o que,
na forma de um horizonte, realiza o devir fenomênico da essência da fenomenalidade.
A ambiguidade do ser estável que,
por exemplo em Fichte, a existência lhe coloca diante de si
retirando-se dele, baseia-se, então, na antiga confusão de
ser com o ente. É o nada (néant) do ser, e não a singularidade da
essência, que a existência lhe coloca no movimento pelo qual se realiza,
isto é, no devir efetivo da fenomenalidade. Ser colocado em oposição
não é, então, ser transcendente no sentido de determinação: é o
meio puro onde essa determinação é capaz de se manifestar. A
transcendência não se opõe ao ente, mas ao seu lugar. Esse lugar
puro é o que se estabelece no processo interno da essência na medida
em que esse processo é realizado; é, como tal, o devir real da
essência da fenomenalidade.
Com a compreensão da estrutura
ontológica pura da essência, descarta- se a pretensão de definir
o ente como condição de seu efetivo devir. Porque ainda não elevou a
tal entendimento é o motivo pelo qual a filosofia da consciência cai no erro
a partir do momento que se trata de definir as condições efetivas da fenomenalidade. Esse
mal-entendido torna-se visível na descrição do processo que ela concebe
como aquele em que ocorre o devir fenomênico, processo que é designado sob
o título geral de "objetivação", e por meio do qual o
"fenômeno", o "objeto", surge precisamente.
A profunda obscuridade
deste último conceito consiste no fato de que o que é ôntico e o que é
ontológico não se distinguiu no objeto. O conteúdo do
objeto é a determinação ôntica, mas sua condição de objeto depende da essência. O
que o torna um ob-jeto e como tal um fenômeno é o poder ontológico de
objetivação. A objetificação cria o caráter objetivo do objeto, ou,
melhor, se identifica com ele. O caráter objetivo do objeto é seu caráter
fenomenal. O devir efetivo da fenomenalidade no ser
objetivo do objeto é uma questão da essência e somente dela. O ente é
totalmente alheio a esse devir efetivo: não contribui para ele, assim como não
deriva dele. Portanto, o objeto é onde ocorre o devir real da fenomenalidade,
embora nesse devir o ente não tome parte de si mesma.
Embora não seja feita a distinção
entre o próprio ente e, por outro lado, o poder ontológico conferido
à qualidade do ob-jeto, a afirmação da filosofia da consciência
segundo a qual a consciência cria o objeto é tão inevitável quanto paradoxal. Pois
é verdade que a consciência cria o objeto, isto é, o ser-posto-antes
como tal. Mais exatamente, a consciência é idêntica em seu ser ao ser
proposto considerado em si, pois, de acordo com os pressupostos do monismo ontológico,
que são os da filosofia da consciência, a essência da consciência reside
na objetividade.
Visto que a filosofia
da consciência vê no objeto como tal a condição do devir real da fenomenalidade,
a condição do devir consciente, ela coloca esse objeto ao mesmo tempo
que coloca a consciência, e coloca o primeiro como idêntico a ela. O
devir do objeto é o devir consciente. A consciência é o ob-jeto
como tal. Ao colocar o objeto, a filosofia da consciência
nada acrescenta à pura essência da consciência, em vez disso,
coloca a própria condição dele, ou seja, essa essência pura.
O idealismo
absoluto confunde apenas o ente com as condições reais da fenomenalidade. Como
não há discriminação entre o ente e o objeto como tal, a posição desse
objeto, idêntica ao devir consciente, também significa para ele a posição
do ente. Ao confundir o ato de pôr adiante, constitutivo do devir
efetivo da fenomenalidade, com a posição do próprio ente, o
idealismo absoluto acredita que pode deduzir este. O devir-outro em
que a essência se opõe para que aconteça o aparecimento puro da idealidade
tem o sentido de ser o devir do ente.
A ação do pensamento
que se esgota no processo ontológico de objetivação torna-se
paradoxalmente uma modificação que afeta o ente como tal, quer o coloque
ou o suprima. Enfim, visto que a posição do objeto em que ocorre o
devir-consciente se confundiu com a posição do próprio ente,
o pensamento que encontra sua realização somente neste devir, ou seja, no
objeto, acredita de fato poder ser encontrado no próprio ente.
O ente é
entendido como afirmação da idealidade, como elemento ideal. “Visto
que o pensamento”, escreve Marx, “se imagina imediatamente outro,
ele mesmo, realidade sensível, e visto que a sua ação assume, portanto,
também para ele o valor de uma ação sensível real, a supressão ideal,
que permite que seu objeto exista na realidade, o pensamento acredita ter
realmente conquistado o objeto; e por outro lado, como este objeto
agora se tornou um elemento ideal para ele, ele também o considera em
sua realidade como a afirmação do seu próprio pensamento, da
autoconsciência, da abstração”.
A não adesão do ente ao devir efetivo da fenomenalidade tanto no que é posto no
processo dessa evolução não é o ente em si, mas seu ser-objeto como tal, leva a
repensar o problema da finitude em sua relação com a essência de fenomenalidade ,
isto é, com o ser como tal. É precisamente em sua relação com o ser
como tal que a finitude deve ser compreendida. A ideia de finitude é
primeiramente apresentada ao pensamento que considera a receptividade do
conhecimento ôntico. Este conhecimento é denominado finito na medida
em que não é criador em relação ao ente, mas apenas receptor. O
conhecimento é finito porque seu conteúdo não vem de si mesmo, porque não
é aquilo a que se opõe. O conteúdo do conhecimento, entretanto,
pressupõe a que conhecimento é objetado. Apenas como objeto o ente é
capaz de formar o conteúdo do conhecimento; apenas como um objeto é
conhecido.
A receptividade do
conhecimento finito em relação ao ente pressupõe sua receptividade em
relação ao objeto. Mais exatamente, o problema da receptividade do
conhecimento em relação ao ente é o de sua receptividade em relação ao
objeto, uma vez que o ente é recebido precisamente como um objeto. A
finitude do conhecimento ôntico é identicamente outra coisa. É a finitude
de um conhecimento que necessita do objeto para a recepção do ente. É
a finitude do conhecimento ontológico.
O que o conhecimento ontológico
precisa para a recepção do ente é criado pelo próprio conhecimento
ontológico. É no ato da transcendência que surge o horizonte
transcendental do ser. Por que o conhecimento ontológico, criador de
seu objeto, é denominado finito? Porque o horizonte da transcendência é
finito. A finitude do horizonte significa a finitude da fenomenalidade efetiva. O
lugar em que a luz surge, o próprio lugar como tal, é o que é finito. A
luz é essa finitude de um lugar. A finitude tem um significado
ontológico.
Diz
respeito à estrutura interna da essência original e pura da fenomenalidade, na
medida em que essa essência é realizada apenas no processo pelo qual é
objetivada na forma de um horizonte finito. A fenomenalidade que
se torna efetiva na objetivação desse horizonte é ela mesma uma fenomenalidade finita. A
manifestação é finita na medida em que ocorre. A finitude da
manifestação na medida em que ocorre significa a finitude da manifestação
como tal. A finitude é uma estrutura eidética da essência da fenomenalidade.
“Em última análise,
trata-se”, diz Heidegger, “de trazer à luz o emaranhado essencial
do ser (não do ente) enquanto tal e da finitude no homem”. A finitude deve
ser compreendida em sua relação com o ser, pois o que é finito é o próprio
ser. O elo que originalmente une transcendência e finitude não é o
elo entre ser e ente. O ser não é finito porque é sempre e
necessariamente o ser do ente. A finitude do ente a tal ponto não
deriva do vínculo indissolúvel que une o ser e o ente, que o ente, por si
só, não é finito. O pensamento que busca a origem e a essência da
finitude na finitude da determinação ôntica erra.
A determinação é finita apenas na
medida em que se manifesta. O que é finito não é o ente, é o objeto. Considerado
em si mesmo, o ente é tanto o númeno, o Enstand da
intuição infinita, quanto o Gegenstand do conhecimento
receptivo. O ente é finito na medida em que é o Gegenstand do
conhecimento receptivo: na medida em que é encontrado por um ser obrigado, a
recebê-lo, a desdobrar o horizonte finito do ser. O ente é finito neste
horizonte que o torna acessível ao manifestar-se a nós, ou seja,
consequentemente, como objeto. O ente é finito no fundo da
finitude do ser nele. A finitude mais essencial diz respeito a ser
ela mesma na medida em que precisa do ente para que, no campo finito de
seu horizonte, o lugar se abra para que algo seja.
A tese de que a transcendência é
finita em si mesma deve, portanto, ser bem compreendida. A finitude
da transcendência deriva, sem dúvida, do fato de que, como tal, é
essencialmente receptiva. Como receptiva, a transcendência está
inexoravelmente ligada ao que recebe. O que a transcendência recebe, entretanto,
nada mais é do que o que ela mesma forma. A liberdade, diz Heidegger,
“não pode se livrar daquilo que dela nasceu”. Aquilo de que a liberdade
não pode escapar é, portanto, o que nela nasce. O que nasce na
liberdade ontológica da transcendência é o horizonte transcendental do
ser: é o próprio mundo em sua mundanidade pura. Consequentemente, aquilo
de que a liberdade não pode se livrar é do mundo como tal, não do ente; a
transcendência está ligada ao horizonte que ela desdobra.
A transcendência está
ligada ao mundo na medida em que nada mais é do que o surgimento deste
mundo como tal. Longe de fugir do mundo em busca de sua liberdade, a transcendência
é, ao contrário, dada como gratuita. Entregue ao mundo, a transcendência
também é, mais precisamente, para um mundo finito. O limite da
transcendência não é, então, o ente. Não é o ente que, como
"limite", "obstáculo" e "parada", permite a liberdade
de tomar consciência de si mesma quando se depara com ela. Pois a
liberdade não pode, estritamente falando, esbarrar em um obstáculo a não
ser que ele exista. O que é limitado é a própria existência, porque a
transcendência que constitui sua essência carrega em si esse limite como o
que ela produz.
O fato de que a finitude encontra
seu fundamento último não no conteúdo ôntico da representação, mas em sua
própria estrutura, Husserl já havia compreendido. Ao
estudar em Erfahrung und Urteil o problema dos
substratos absolutos, Husserl mostra que o único substrato absoluto é
a natureza, mas a natureza nunca é, diz ele, “o assunto de uma simples
compreensão”. A finitude do conhecimento parece aqui ser introduzida a
partir da consideração da diversidade infinita do ente, diversidade tal que nunca
pode ser totalmente apreendida em um único ato de intuição e, consequentemente,
com certeza absoluta.
A própria finitude
do ato da intuição é, no entanto, responsável pela impotência do
espírito em conhecer o ente de uma forma diferente da de uma forma
fragmentária e sucessiva. Em última análise, o que nos impede de
apreender uma coisa não é o fato de que essa coisa pode apresentar uma infinidade
de aspectos sempre novos; mesmo que esses aspectos fossem limitados,
mesmo que o ente não abrigasse nela mais que um certo número de
propriedades, a captura global destes seria impossível, pois tal captura é
finita em si mesma na medida em que sempre ocorre dentro de um horizonte
finito.
“Certamente”, diz
Husserl, “não pode ser dito a priori que qualquer objeto
dado pode exibir um número infinito de suas próprias determinações de si
mesmo. No entanto, seu horizonte de determinabilidade indeterminada é
sempre dado com ele”. A finitude do conhecimento não deriva do fato do
ente possuir um número infinito de propriedades: ela reside no modo dado do
ente, ou seja, no ente enquanto objeto. Longe de ser o princípio da
finitude do conhecimento, a infinita diversidade do ser é mera consequência
dele. Por estar capturado no horizonte finito do ser, como objeto, é
por isso que o ente é chamado de finito.
A finitude do ente
significa seu infinito original com respeito à finitude de sua condição
objetiva. Significa que, ao entrar no lugar finito de sua existência
fenomênica, o ente também se afasta da luz desse lugar por onde
passa. Como o horizonte está além do ente, o ente está além do
horizonte. A ideia de um horizonte de propriedades ônticas
co-dadas e não dadas pode parecer levar o pensamento a uma
consideração exclusiva do conteúdo. Mas o ente tem um horizonte de
propriedades potenciais ou virtuais apenas porque é um objeto. O
horizonte das determinações ônticas encontra seu fundamento no horizonte
transcendental do ser.
Trazer à luz o caráter ontológico
da finitude traz o pensamento de volta à significação do problema que ela
considera ser a essência. Repete o resultado das análises que
mostraram como o ente é estranho à sua obra. O devir efetivo da fenomenalidade , que
é a obra da essência, é realizado sem a mediação do ente. O facto de a
finitude que afeta este devir como o seu carácter fenomenológico mais
próprio e notável também não encontrar no ente o seu início, confirma
a independência radical deste devir, isto é, da essência na sua realidade
efetiva, com respeito a toda determinação ôntica.
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Fonte: HENRY, Michel. La esencia de la manifestación. Traducción anotada de Miguel Üarcía-Baró y Mercedes Uarte. Salamanca: Ediciones Sígueme, 2015, §15.
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