BREVE RESUMO DE TEOLOGIA SISTEMÁTICA



O objetivo deste texto é apresentar um breve resumo de teologia, partindo de uma orientação cristã. O texto pode servir de introdução àqueles que intencionam estudar Teologia Sistemática cristã e pode ajudar àqueles que já conhecem de teologia a terem uma exposição geral do assunto.  O texto trata dos seguintes tópicos: (i) teontologiaestudo sobre Deus; (ii) cristologia: estudo sobre Cristo; (iii) pneumatologia: estudo sobre o Espírito Santo; (ivbibliologia: estudo sobre a Bíblia; (v) soteriologia: estudo sobre a salvação; (vi) escatologia: estudo sobre os últimos dias. 

 

I. TEONTOLOGIA 

 

Existem diferentes concepções de Deus, entre as principais, podem ser citadas: (i) ateísmo: negação da existência de Deus; (ii) panteísmo: identifica Deus e a natureza; (iiipanenteísmocrença de que Deus habita o mundo assim como a alma habita o corpo; (iv) deísmo: ensina que Deus é transcendente, mas não se relaciona, de forma imanente, com sua criação; (v) politeísmo: crença na existência de uma pluralidade de deuses; (vi) teísmo: crença na existência de um Deus Onipotente, Onipresente e Onisciente. 

Embora o teísmo tenha sido a posição adotada pela maior parte da Cristandade, o ateísmo parece a posição mais coerente com o Cristianismo. Ateísmo, aqui, precisa ser entendido, não como a rejeição absoluta de qualquer concepção de Deus, mas como a negação de que Deus exista ou mesmo como a negação do teísmo clássico. Dizer que Deus não existe implica dizer que Deus é o NadaDeus e o Nada são o mesmo. Isso significa destituir Deus de toda determinação metafísica.  Essa forma de ateísmo, distinta do ateísmo como rejeição absoluta do divino, pode ser chamado de "ateísmo cristão".

Quando dizemos que Deus é o Nada, com isso não pretendemos dizer que Deus seja o nada absoluto, pois se fosse assim não haveria Deus. O que queremos dizer quando declaramos que Deus é o Nada são duas coisas. PrimeiroDeus não é nada ôntico, Deus não é um ente, um substrato, um suporte de atributos, Ele é um nada no sentido de que Ele é um não-ente. SegundoDeus é pré-ontológico, Deus não é um Ser, mas a fonte do Ser, na realidade, mais propriamente, Deus não é, Ele dá-ser. Nesse sentido, podemos dizer que o nada é o fundamento do ser.  

A ontologia tradicional sempre pensou o ser positivo como mais originário e o nada negativo como um não-ser, uma negação do ser que, portanto, surgiria só em um segundo momento. A primazia do ser é rompida aqui, pois o que estabelecemos é justamente a primazia do Nada. Deus é o Nada e, portanto, o Nada é anterior e mais originário que qualquer coisa que seja, na verdade, tudo o que é deriva esse ser do Nada. 

Do ponto de vista da simbologia, a melhor forma de expressar Deus é a Trindade. A Trindade é a doutrina que se baseia em três pressupostos: (i) unicidade: Deus é uma unidade absoluta; (ii) deidade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo são absolutamente divinos; (iii) distinção: Pai, Filho e Espírito Santo são três pessoas distintas. Além desses pressupostos essenciais, a doutrina da Trindade envolve: (a) a geração eterna do Filho: o Pai gera eternamente a Pessoa do Filho e comunica a Ele sua essência; (b) a processão eterna do Espírito Santo: o Espírito Santo é eternamente procedente do Pai e do Filho. 

A doutrina da Trindade é o dogma central do Cristianismo, pois é o único símbolo religioso capaz de conter em si todos os princípios fundamentais que formam a base de tudo. Primeiro, porque ela concilia em si a unidade e a diversidade, o uno e o múltiplo. Segundo, porque ela funda toda relação sujeito e objeto. Terceiro, porque em seu interior se dá a base originária de toda processão. Quarto, por causa da força mágica do número três como unidade mínima de diferenciação, apesar de sua insuficiência ante a quaternidade. 

A insuficiência do trinitarianismo ante a quaternidade significa que a Trindade carece de um quarto elemento. O quarto elemento que falta na Trindade é o feminino. Na simbologia cristã, o feminino pode ser identificado com a Santíssima Virgem Mariacuja veneração é fundamental para a fé cristã, por mais que o protestantismo tenha diminuído essa importância. Existem muitos pontos em que o Catolicismo se mostra simbolicamente superior ao Protestantismo, a riqueza da missa, o sacramento da confissão, a doutrina da transubstanciação, entre outros. No entanto, o ponto em que essa superioridade simbólica se mostra de maneira mais proeminente diz respeito à figura da virgem Maria. 

Por não dar o destaque merecido à figura da Virgem Maria, os protestantes são órfãos de mãe, eles têm Deus por Pai, mas não têm nenhuma Mãe que interceda por eles. Ter só Pai é viver no regime da lei, o que explica porque o sentimento de culpa é tão forte entre os protestantes. O filho, quando corrigido por um pai, corre aos braços da mãe, que graciosamente o consola. Não conhecendo esse amor de mãe, os protestantes só podem sofrer a dor da correção do Pai, sem experimentar seu amor. Bem mais rica é a simbologia católica que nos chama a venerar a Santíssima Virgem Maria, a Mãe de todos, a Restauradora de nossas misérias, a empossada Rainha do Céu e a Nova Eva que nos gerou para a Vida. 

 

II. CRISTOLOGIA 

 

Os cristãos devem afirmar com firmeza que Jesus é plenamente divino e plenamente humanoJesus Cristo é uma Pessoa divina, foi gerado pelo Pai na eternidade e recebeu dele sua essência divina. Dizer que Jesus é uma única Pessoa significa que a pessoa do Filho de Deus é o sujeito de todas as ações de Cristo, mesmo aquelas feitas em razão de Sua humanidade. No entanto, Jesus não é apenas uma pessoa divina, pois ao assumir a humanidade, a natureza humana de Cristo foi pessoalizada na Pessoa do Filho. Sendo assim, a pessoa do Filho é o Deus-Homem Jesus. 

Jesus sempre possuiu uma natureza divina, recebida na eternidade pelo Pai. No tempo, no entanto, Cristo assumiu a natureza humana. Chamamos de encarnação o fato de que Jesus assumiu a natureza humana para sempre, sem esvaziar-se de sua natureza divina. Assim, Jesus permanece para sempre plenamente Deus e plenamente humano. 

Cristo possui um tríplice ofício, ele é: (i) profeta: aquele que comunica a palavra de Deus aos humanos; (ii) sacerdote: aquele que realiza nossa redenção; (iii) rei: aquele que governa o universo. Também é importante mencionar os estados de humilhação e exaltação de Cristo. Os estados de humilhação de Cristo vão desde Sua encarnação até a Sua morte. Já os estados de exaltação de Cristo começam com sua morte e Ressurreição, indo até a Sua futura segunda vinda. A morte de Cristo é o evento que faz parte tanto da humilhação como da exaltação. A cruz é ao mesmo tempo maldição e redenção, morte e vitória. 

 

III. PNEUMATOLOGIA 

 

Espírito Santo é uma energia ou força ativa pessoal que energiza o cosmos, atua transformando tudo e opera a redenção. Ele é Deus no mais pleno sentido da palavra e flui eternamente do Pai e do Filho. O Espírito Santo tem um importante papel na regeneração, na eficácia dos sacramentos, na santificação e na justificação, atuando como mestre interior que nos guia no caminho da redenção. Mas a atuação do Espírito Santo vai além das virtudes redentivas, a terceira pessoa da Trindade também possui uma atuação pentecostal, relacionada com os dons espirituais. 

Em relação à atuação pentecostal, é importante mencionar o Batismo no Espírito Santo. Ele consiste na experiência de se sentir revestido pelo poder de Deus, energizado por ele de alguma forma. Isso pode ser experimentado sem qualquer manifestação sobrenaturalista, cada um sente a presença do Espírito ao seu modo. A graça opera de acordo com o recipiente. Outros, no entanto, ao receberem o Espírito Santo podem experimentar fenômenos como falar em línguas estranhas, ter visões ou profetizar. 

Ainda considerando a ação pentecostal do Espírito Santo, é importante afirmar alguns aspectos doutrinais importantes: (i) sacerdócio universal de todos os santos: todo crente é profeta, pode receber oportunidades para pregar independente de posição social ou grau de instrução (quer secular, quer teológica), não há distinção entre ministros e leigos; (ii) a Igreja precisa valorizar a Teologia Pentecostal de Lucas: O Espírito Santo não só salva, regenera, santifica e batiza no Corpo de Cristo conforme ensinou Paulo, mas também reveste os crentes de poder para testemunhar de Cristo conforme enfatiza o Evangelho de Lucas e o livro de Atos; (iii) a Teologia deve ter uma ênfase pneumatológicaO Espírito Santo não pode mais ser esquecido ou pouco enfatizado, mas deve ser  exaltado como Deus ao lado do Pai e do Filho. 

 

IV. BIBLIOLOGIA 

 

Bíblia é a Palavra de Deus, mas isso deve ser entendido com cuidado. O termo “Palavra de Deus” significa, conforme pontua Paul Tillich, que: 

 

(i) a Palavra é o princípio da automanifestação divina no próprio fundamento do ser; (ii) a Palavra é o meio da criação; (iii) a Palavra é a manifestação da vida divina na história da revelação; (iv) a Palavra é a manifestação da vida divina na revelação final; (v) a Palavra é o documento da revelação final e de sua preparação especial, isto é, a Bíblia; (vi) a Palavra é a mensagem da igreja tal como esta a proclama em sua pregação e ensino. Todos esses sentidos podem ser unidos em um só: a Palavra é Deus manifesto. (Teologia Sistemática - Paul Tillich) 

 

Boa parte dos teólogos protestantes afirmam que a Bíblia é ou deve ser a única regra de fé e prática do cristão, isso, no entanto, é um equívoco. Mesmo os biblicistas jamais adotaram a Bíblia como um todo como norma de fé, mas sempre elegeram uma norma dela derivada e a partir dessa norma interpretaram e julgaram todos os demais livros bíblicos. Os biblicistas calvinistas adotaram a teologia paulina lida por lentes agostinianas como a norma pela qual interpretaram e a qual submeteram toda a Bíblia. Os biblicistas pentecostais fizeram da teologia lucana o critério que deu forma à sua leitura do restante das Escrituras. Não é difícil de perceber que os teonomistas moldam sua leitura da Bíblia pelo Antigo Testamento que passa a superar o próprio Novo Testamento. Lutero tomou a justificação pela fé como seu princípio normativo e não demorou para perceber que a epístola de Tiago era oposta a esse princípio.  

A norma de fé do cristão não deveria ser Paulo, Lucas ou o Antigo Testamento, mas o espírito de Cristo. A eleição das doutrinas paulinas, da teologia lucana ou da lei veterotestamentária como princípio normativo de fé pelo qual se lê as próprias palavras de Cristo é um elemento demoníaco do biblicismo. A norma do cristão não é a Bíblia, não é um livro, não é a letra, mas o espírito de Cristo, o Cristo dos Evangelhos. Tudo aquilo que no Antigo Testamento e nos escritos de Paulo, Lucas ou Tiago, contradiz o espírito de Cristo deve ser lido criticamente e rejeitado se for o caso.  

O cânon da Bíblia foi uma decisão tardia da igreja, os apóstolos não eram infalíveis e inerrantes na percepção, interpretação e comunicação da mensagem de Cristo. Os autores bíblicos estavam condicionados historicamente e culturalmente, isso fica claro quando vemos Paulo revestir de caráter divino regras patriarcais e misóginas de inferiorização da mulher. A revelação de Deus não é um livro, a Bíblia testemunha da revelação, mas a revelação, ela mesma, é um acontecimento (ereigns), é o evento de Cristo. A Bíblia é a interpretação e comunicação humana falível da revelação infalível de Deus em Cristo. 

 

V. SOTERIOLOGIA 

 

A salvação ou redenção é a obra por meio da qual a Trindade age para transformar o Universo em um paraíso, restaurando todas as coisas. Quando se fala de soteriologia, a teologia tem vivido um forte embate entre duas visões(i) arminianismo: afirma que a salvação depende de o ser humano aceitar ou não a graça de Deus por meio de seu livre-arbítrio: (ii) calvinismo: afirma que a salvação é uma decisão livre e soberana de Deus que elege, antes da eternidade, quem ele decide salvar, sem considerar o livre-arbítrio humano. 

Assim, calvinistas defendem que Deus escolhe soberanamente, antes da criação do mundo, aqueles que quer salvar e os predestina a este fim; já os arminianos creem que o ser humano por seu livre arbítrio pode rejeitar a salvação oferecida por Deus. Primeiro, é preciso dizer que as duas teorias possuem pontos importantes, o calvinismo enfatiza a soberania de Deus e Sua graça poderosa, o arminianismo, por sua vez, está em maior concordância com a afirmação da liberdade humana e do caráter amoroso de Deus.  

As duas teorias, no entanto, são insuficientes. O modo da salvação está além de nossa compreensão, tudo o que possuímos são símbolos. Daí esquemas como o da justificação no sentido de uma transição jurídica legal, a teoria de que Jesus morreu para nos libertar do diabo ou para vindicar o governo de Deus são símbolos que não devem ser tomados pela realidade. Tanto o arminianismo como o calvinismo são doutrinas insuficientes. Por quê? Porque elas pressupõem que a salvação é dirigida aos humanos e não à totalidade do Cosmos. 

 Cristo morreu para redimir todo o Cosmos, desde o menor átomo até a maior das estrelas. A encarnação de Cristo no mundo produz uma união mística entre Cristo e o Cosmos. Quando Cristo morre, o Cosmos também morre, a velha criação é sepultada, isso nós chamamos de condenação, todo o Cosmos em união com Cristo experimenta a condenação. Quando Cristo ressuscita, o Cosmos também renasce com ele, surge uma nova criação, um universo redimido e restaurado. Assim, o Cosmos inteiro experimenta a condenação e a salvação universais.  

A humanidade é salva porque ela faz parte do Cosmos, porque é sua vida, alma e consciência. Mesmo aqui ainda caminhamos mais no âmbito do símbolo do que da realidade. No entanto, a dinâmica morte - ressurreição da união mística Cristo - Cosmos faz com que tanto o esquema arminiano quanto o calvinista sejam insuficientes. Isso significa que a redenção abrange o mundo todo.  

A redenção alcança todo o Cosmos, atinge cada parte do Universo, cada centímetro da Criação de Deus. O amor de Deus pulsa desde o menor átomo até a maior das estrelas. É graças a esse amor universal que o Universo inteiro é resgatado, essa redenção está restaurando todas as coisas. Dado como sacrifício ao mundo, Jesus promete redimir a própria criação fazendo dela "um novo céu e uma nova terra". Assim, o Evangelho deixa claro que o amor de Deus atinge não só uma nação eleita, mas o próprio mundo, incluindo até mesmo os seres inanimados. 

 

VI. ESCATOLOGIA 

 

Escatologia é a doutrina sobre os últimos dias. Podemos apresentar as seguintes posições escatológicas: (i) preterismo: crença de que as profecias escatológicas se cumpriram, em geral, no primeiro século da era cristã; (ii) historicismo: crença de que as profecias escatológicas constituem uma previsão profética da história da igreja; (iii) idealismo: crença de que as profecias escatológicas tratam da luta cósmica entre o bem e o mal sem se prender a eventos históricos; (iv) futurismo: crença de que a maior parte das profecias escatológicas ainda estão por acontecer. 

É possível, ainda, distinguir as visões escatológicas com base em sua interpretação do milênio de Apocalipse 20. Neste caso, podemos citar as seguintes posições: (i) pré-milenismocrença de que Cristo retornará visivelmente estabelecendo um reinado de mil anos; (ii) pós-milenismocrença de que Cristo retornará após um período de paz e prosperidade na Terra; (iii) amilenismo: crença de que o Milênio é símbolo do atual governo de Cristo sobre a Igreja. 

Outra forma de distinguir as posições escatológicas é com base no evento da Tribulação, que seria um período futuro de sete anos, dividido em 3,5 anos de paz e 3,5 anos de Grande Tribulação. As posições a esse respeito são: (i) pré-tribulacionismodefende que a volta de Cristo se dará em duas etapas, uma de forma invisível antes da Tribulação para arrebatar a Igreja e outra de forma visível depois da Grande Tribulação para estabelecer o Milênio; (ii) meso-tribulacionismo: defende que a Igreja será arrebatada no meio da Tribulação; (iii) pós-tribulacionismodefende que há uma só Segunda Vinda de Cristo, no fim da Grande Tribulação. 

Não temos como saber qual dessas posições é a correta. Importa manter apenas que no final de tudo, o Universo inteiro será restaurado. O mundo possui a capacidade de se renovar, impondo assim um movimento rumo a um fim, um direcionamento, uma espécie de intencionalidade do mundo. O mundo renovado chamado de "novos céus e nova terra" é uma espécie de retorno ao seu estado original, do qual se diz que "tudo era bom". Mas essa transformação proíbe ao mundo um voltar a sua forma antiga, o garante contra qualquer tipo de repetição e lhe doa uma certa virtude criativa. Por isso, o mundo renovado não aparece mais na figura de um jardim paradisíaco, mas de uma cidade dourada. Esse retorno, portanto, do mundo a seu estado originário, não é uma mera repetição, mas o surgimento de uma ordem de coisas inteiramente nova. 

A redenção, sendo total, exclui qualquer possibilidade de um inferno ardendo eternamente. A doutrina do inferno como um lugar de tormentos eternos desonra o amor e a onipotência de Deus. Deus sempre cumpre seus desígnios, se é verdade que ele criou a humanidade para viver para sempre numa terra paradisíaca, então essa humanidade não pode se perder para sempre. Além disso, um Deus que atormenta suas criaturas por incontáveis bilhões de anos num inferno de fogo, não tem nada de amoroso. O amor redentivo de Deus envolve o Cosmos inteiro e cada ser humano nele.  

O inferno nada mais é do que um símbolo de uma condição da alma, de um descer no abismo profundo de angústia. Lemos no Credo dos Apóstolos que Cristo desceu aos infernos. Com Cristo todos nós descemos ao inferno da angústia para ressuscitar com ele para a vida eterna. Os supralapsarianos, entendendo que os propósitos de Deus não podem fracassar, dizem que desde a eternidade desejou Deus que parte das suas criaturas fossem eternamente atormentadas no inferno, Deus teria criado alguns humanos só pra satisfazer seu ódio e ira. Esse Deus é contrário ao Deus a respeito do qual lemos "Deus é amor" e em outro lugar "Deus deseja que todos sejam salvos."  

Deus ama a humanidade e a totalidade de sua criação. Dizer que parte da humanidade será condenada aos tormentos eternos é dizer que Deus fracassou em seu propósito original para a humanidade e para a criação. Em oposição a isso, lemos nas Escrituras que Deus restaurará a totalidade da criação, a redenção abrange todo o Cosmos, desde o menor átomo até a maior das estrelas. Apocalipse promete-nos "novos céus e nova terra", a criação inteira restaurada. Lemos ainda que em Cristo toda a humanidade será vivificada. No final dos tempos, a criação inteira será renovada e não haverá lugar algum onde ainda possa persistir tormentos e sofrimentos. Não haverá nenhum inferno ardendo para sempre 

 

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