UMA CRÍTICA À CONDENAÇÃO DO SEXO ANTES DO CASAMENTO POR CRISTÃOS INCLUSIVOS
O objetivo deste texto é apresentar uma breve crítica à teologia inclusiva, pelo menos em uma de suas formas, a respeito da lei contra o sexo pré-marital. Algo que podemos perceber no Cristianismo gay é a aceitação da homossexualidade com a ressalva de que ela seja praticada somente dentro do contexto de relações monogâmicas compromissadas. O propósito deste pequeno ensaio é mostrar que essa ideia não faz sentido e ainda reforça a homofobia. Não pretendo, com isso, dizer que a teologia inclusiva é ruim, mas sim que é necessário que o Cristianismo gay faça uma autocrítica e reconheça suas limitações e problemas.
O argumento central de parte da teologia
inclusiva tem sido: “A Bíblia não condena a homossexualidade, pois ela nunca
menciona relações monogâmicas compromissadas entre duas pessoas do mesmo sexo”.
Isso é verdade, mas o que seriam relações monogâmicas compromissadas? Se por “compromissadas”
se entende “casamento”, é evidente que a Bíblia não mencionaria essa relação
porque ela simplesmente é impensável, não só para os antigos, mas até muito recentemente.
Isso porque o casamento, historicamente, inclui quase que como parte de seu
conceito analítico, a ideia da heterossexualidade, como veremos.
Este texto tem quatro partes:
I. O CASAMENTO COMO UM
CONTRATO
II. O MACHISMO DA LEI
CONTRA O SEXO PRÉ-MARITAL
III. HISTÓRIA DO
CASAMENTO
IV. O ENSINO DE CRISTO
E DA IGREJA PRIMITIVA SOBRE O CASAMENTO
I. O CASAMENTO COMO UM CONTRATO
Mesmo entre os gregos antigos, entre
os quais o amor aos rapazes era aceito, esse amor não era um casamento. Os
gregos consideravam dois tipos de relações distintas: o casamento e o amor ao
mesmo sexo. Portanto, casamento significava, por definição, o amor pelo sexo
oposto. O casamento era um contrato que objetivava a reprodução, enquanto o
sexo por prazer entre dois homens não deveria ser regulado por uma estrutura ou
contrato. O casamento nada mais é do que um contrato entre famílias, que desde
a Antiguidade, tem como objetivo assegurar que a herança seja transmitida dentro
de limites acordados. Portanto, mesmo em sociedades em que o amor pelo mesmo
sexo foi aceito, ele não era lido como um “casamento”.
Podemos ver esse sentido no
casamento quando lemos a história do matrimônio entre Isaque e Rebeca. Abraão,
pai de Isaque, sabendo que o filho herdaria sua fé e as promessas de Javé de
uma terra prometida, mandou que seu servo Eliezer fosse à casa de seus pais
escolher esposa a seu filho. A esposa não poderia ser escolhida entre os
cananeus, pois a herança tanto material quanto de fé deveria se manter na família.
Que o amor não era central nessa escolha, se vê pelo fato de que é o servo de
Abraão a pessoa a quem caberá selecionar a noiva de Isaque. Ademais, o filho de
Abraão já estaria prometido em casamento à Rebeca antes mesmo de ver seu rosto.
O que importava era que Rebeca exibisse as qualidades que o patriarcado requer
da mulher, isto é, que ela revelasse as habilidades de serviço e submissão
(Gênesis 24). Não é que não pudesse haver amor entre os cônjuges, mas sim que
ele não era um elemento central ao matrimônio.
O casamento, portanto, é muito mais um contrato político-econômico, do que um laço de afetividade. Ele consiste numa instituição civil que tem por finalidade a perpetuação da herança por meio de um contrato de procriação entre um homem e uma mulher. É por isso que o sexo fora dessa instituição compromete sua função social e econômica. Filhos fora desse contrato podem levar a uma perda do domínio da família sobre suas posses e, como antes dos recentes métodos anticoncepcionais o sexo significava procriar, gerar filhos, então é evidente que ele deveria ser realizado só no casamento.
II. O MACHISMO DA LEI CONTRA
O SEXO PRÉ-MARITAL
Embora a lei contra o sexo antes do casamento na teoria se
aplique ao homem e a mulher, seu real poder efetivo recai sobre a segunda. Ao
homem sempre foi dada autorização para quebrar essa lei, tanto no sentido do
sexo pré-marital quanto do adultério. Isso ocorre porque além do sexo
significar procriar, para a mulher procriar significa cuidar. O homem pode ter filhos
bastardos e abandoná-los. De tal modo que o “pecado” do homem não compromete a
herança familiar se ele não assume esses filhos. No caso da mulher, além de
carregar o “fruto do pecado” em seu ventre por nove meses, cabe a ela a obrigação
de cuidar do filho, de ser mãe. Logo, há três fenômenos diferentes que são vinculados
para a mulher como indissociáveis: sexo, reprodução e maternidade. Por isso, o
interdito do sexo fora do casamento tem maior peso para a mulher. Ao homem não
se exige a paternidade como vinculada inexoravelmente à procriação, já à mãe se
diz “fez, agora tem que criar”.
Inclusive, é importante lembrar que toda lei de repressão sexual
sempre incidiu de forma pior sobre as mulheres. A repressão sexual nunca
atingiu de forma igual homens e mulheres. A Igreja diz "O adultério é
pecado", mas se um homem adultera, é um pecado normal e esperado, típico
da natureza do homem. Mas se a mulher adultera, é até "compreensível"
que o marido a assassine para vindicar sua honra. "A prostituição é um
pecado", mas bordéis foram historicamente lugares frequentados por homens
casados e pelos padres (supostamente celibatários, porque a eles também é dada
liberdade de pecar). É esperado e sempre compreensível que homens casados
paguem por sexo com travestis, enquanto condenam as mulheres trans em seus
discursos morais públicos. "A masturbação é pecado", mas quase
universalmente é reconhecido que masturbação e pornografia são práticas comuns
de quase todos os homens, mas a mulher, essa não pode se masturbar, porque é
impensável que esse "ser inferior" sinta prazer sem o homem.
"Homossexualidade é pecado", mas só se o homem for passivo, porque se
for ativo não está se rebaixando à condição da mulher. Enfim, o que a repressão
sexual sempre condenou, na verdade, foi o prazer sexual da mulher, enquanto ao
homem foi dada a liberdade para "pecar" como algo natural, esperado,
socialmente aceito e desculpado.
Como cristão, eu me lembro como Cristo tratou as mulheres, como ele acolheu as prostitutas, como ele falou com a mulher samaritana ou defendeu a mulher adúltera numa sociedade em que a mulher era vista como inferior. Seguindo o espírito de Cristo, entendo que devo lutar contra toda opressão criada pelo patriarcado. Quando entendemos que a lei contra o sexo pré-marital faz parte de um dispositivo de opressão das mulheres, então me vejo na razão de ir contra tal lei. Cristo desafiou as leis opressivas de seu tempo, questionou regras criadas pelos religiosos que mais serviam para oprimir do que para amar, destacando que a misericórdia é mais importante do que a obediência farisaica à lei.
III. HISTÓRIA DO CASAMENTO
O casamento historicamente foi uma negociação através do dote
que servia como uma garantia do contrato. Por meio do dote, o pai transferia a
tutela da filha para o noivo e assim selava a negociação entre as famílias. A
Igreja Romana, na Idade Média, transformou o casamento em um sacramento. O
interesse da Igreja pelo matrimônio se tornou mais ativo a partir do século V com
a queda do Império Romano, mas a sacralização propriamente dita do casamento ocorreu
por volta dos séculos XII e XIII. O casamento estabeleceu-se, então, como um
sacramento de uma união monogâmica e indissolúvel.
Com a Modernidade, com a perda do domínio da Igreja Romana, o
casamento começa a ganhar novas formas. Na ideologia burguesa, com o
estabelecimento do capitalismo, o casamento deixa de ser um contrato e começa a
valorizar o amor com a dominância do erotismo na relação. Na realidade, é só a
partir do século XVIII que a paixão amorosa se torna um elemento importante no
vínculo matrimonial. Antes disso, o amor, a escolha do parceiro e a paixão
amorosa não existiam no casamento e sim nas relações de adultério, pois o
objetivo principal do matrimônio era o sexo para a procriação. Se um homem
desejasse sexo por amor, deveria procurá-lo nas relações extraconjugais. Desde a Antiguidade até o século XVIII o
casamento foi um contrato para a procriação e perpetuação da herança. Não era
um relacionamento amoroso, mas sim um negócio entre famílias.
À medida em que há
uma associação entre amor e conjugabilidade e, portanto, o aparecimento da
ideia de uma necessidade de satisfação e felicidade no casamento, o casamento é
redefinido. Antes, casamento era um contrato entre famílias para perpetuar a
herança por meio da procriação, de modo que a heterossexualidade reprodutiva
era um elemento essencial à própria definição de casamento. Agora, o casamento
passa a ser definido como um compromisso de aliança entre duas pessoas que se
amam. Deve
ser acrescentada também, uma mudança ainda mais recente, a desvinculação do
sexo com a reprodução com a Revolução Sexual e o surgimento da pílula
anticoncepcional a partir da década de 1960/1970.
Hoje, só podemos falar de algo como
um “casamento gay” a partir dessas recentes mudanças. Só há, para nós,
casamento homossexual porque a partir do século XVIII o conceito de matrimônio
foi redefinido por meio do surgimento do amor-paixão e porque a partir da
década de 1960/1970 o sexo deixou de estar vinculado à reprodução. Portanto, durante
toda a história, casamento significou um contrato civil entre famílias na qual
um homem e uma mulher se uniam para se reproduzirem e perpetuarem a herança. A
importância social dessa instituição se vê no fato de que a Igreja a
transformou em sacramento.
Se casamento é um contrato para reprodução e perpetuação da herança familiar, então é evidente que "casamento gay" é uma contradição. Só nos foi possível falar de casamento gay porque muito recentemente o casamento deixou de ser um mero contrato para se tornar um compromisso de afeto entre duas pessoas que se amam e porque o sexo deixou de estar vinculado à procriação. Se hoje podemos falar de casamento gay é porque os homossexuais importaram um tipo de relação que nunca antes marcou a vivência homossexual, porque o próprio conceito histórico de casamento excluía, por definição, um tipo de relação que não reproduz nem perpetua a herança familiar. A transformação do conceito de casamento foi algo importante, não há nada de errado com o casamento gay, mas jamais devemos ignorar a origem dessa estrutura relacional a fim de compreendê-la criticamente e entender como certos dispositivos sociais do patriarcado e da heteronormatividade a acompanham.
IV. O ENSINO DE CRISTO E DA IGREJA PRIMITIVA SOBRE O CASAMENTO
Um forte argumento para que o cristão
continue adotando a lei contra o sexo antes do casamento, é que Cristo teria
apresentado o matrimônio como uma instituição divina. No entanto, se Cristo
apoiou a ideia do casamento como instituição divina de modo a condenar o sexo
fora do matrimônio, então o sexo está para sempre interditado aos homossexuais.
É por isso que uma das ideias mais estranhas que o Cristianismo inclusivo (gay)
criou é a de que os homossexuais não devem fazer sexo antes do casamento.
Primeiro,
se um gay não pode fazer sexo antes do casamento, então ele nunca poderá fazer
sexo. O casamento gay é uma invenção recente baseada numa redefinição do
conceito de casamento. Casamento, como já tratado, mas não cansa repetir, historicamente,
sempre significou um contrato entre um homem e uma mulher para perpetuar a
herança familiar. Filhos fora dessa instituição poderiam desvirtuar o propósito
de perpetuação da herança familiar dentro de um contrato definido. Por isso,
toda proibição histórica de sexo antes do casamento deve ser lida como sinônimo
de proibição de sexo fora do casamento heterossexual. Se hoje falamos em
casamento gay é só porque bem recentemente redefinimos o conceito de casamento
para significar uma união afetiva entre duas pessoas. Mas isso não é casamento
no sentido histórico do termo, não é isso que significava casamento no tempo de
Jesus. O casamento é um contrato de reprodução e perpetuação da herança e fora
dessa estrutura, para os interesses políticos e econômicos, o sexo era
interditado, especialmente para as mulheres. Quando o Cristianismo
gay/inclusivo quer manter a lei do sexo só no casamento não percebe que está
dizendo algo que é simplesmente absurdo quando se considera o significado histórico
dessa lei.
O
que Cristo ensinou sobre o casamento deve ser entendido no contexto da época.
Os fariseus religiosos usavam Deuteronômio 24:1-4 para abandonarem suas esposas
por qualquer motivo. Numa sociedade extremamente patriarcal como a dos judeus
antigos, isso significava que tal mulher era condena à miséria, a não ter como
se sustentar. Os fariseus facilmente deixavam suas mulheres por outras mais novas,
com a desculpa de que o divórcio era permitido na Lei por coisas triviais.
Quando Cristo protegeu a mulher adúltera contra o apedrejamento dos fariseus,
ele disse “quem não tem pecado, atire a primeira pedra”. Cristo queria dizer “vocês
são tão adúlteros quanto essa mulher”. Jesus, assim, deixou claro aos fariseus
que eles eram adúlteros quando abandonavam suas mulheres por outras usando a
lei como desculpa (João 8:1-11).
É
com esse contexto em mente que devemos ler as falas de Jesus sobre o casamento.
Para proteger as mulheres, Cristo condenou a prática do abandono da esposa por
outra mulher. Disse que se os religiosos simplesmente pensassem no coração em
abandonar suas esposas, já estariam pecando (Mateus 5:27-28). Falando dentro do
que a cultura de seus ouvintes permitia compreender, ele fez referência à
instituição do casamento segundo o mito de Adão e Eva. Não devemos concluir por
essas falas de Cristo que Adão literalmente existiu, que a mulher foi criada da
costela do homem e coisas do tipo. Jesus usou o mito da instituição do casamento no Éden pois
ele estava acomodando-se às crenças judaicas da sua época para estabelecer um ponto de
partida para transmitir sua mensagem espiritual. Assim, Cristo
condenou o divórcio por qualquer motivo, instituindo um princípio que naquele
contexto protegeria as mulheres do abandono (Mateus 19:1-11).
Outro
texto importante para nós cristãos sobre o sexo antes do casamento é a decisão
do Concílio de Jerusalém. Para não escandalizar os judeus, a Igreja primitiva
enviou a seguinte resolução aos gentios: “Não comam a carne de nenhum animal
que tenha sido oferecido em sacrifício aos ídolos, não comam o sangue nem a
carne de nenhum animal que tenha sido estrangulado, e não pratiquem a
fornicação. Vocês agirão bem se evitarem essas coisas” (Atos 15:29). Essa
resolução é uma lista de coisas que não eram em si pecado, mas que os gentios
deveriam evitar para não escandalizar os judeus (1 Coríntios 8; Romanos 14).
Assim, esse texto nos dá base para entender que a condenação da fornicação na
Igreja Primitiva existiu por causa da cultura judaica, e que essa lei só foi a
princípio imposta sobre os cristãos gentios porque seria bom que eles evitassem
a fornicação para não causar escândalos com os judeus, evitando, assim, divisões
na Igreja.
Alguns poderão argumentar que Paulo, em suas cartas, condenou o sexo antes do casamento. No entanto, devemos lembrar que Paulo também ensinou que as mulheres deveriam ser submissas, caladas, não deveriam ensinar em público, que elas deveriam usar véu no culto e que se salvariam se tornando mães (1 Coríntios 11:2-16; 1 Timóteo 2:9-11). É preciso considerar que as epístolas de Paulo não eram um código de lei, mas cartas com orientações. É necessário entender que Paulo escreveu suas cartas influenciado por noções da cultura patriarcal da época, por isso não devemos tomar suas orientações como normas absolutas. Logo, a lei do sexo antes do casamento ensinada por Paulo reflete apenas a cultura patriarcal de sua época, não sendo uma lei moral absoluta.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O
maior problema de impor a lei contra o sexo pré-marital aos homossexuais, é que
isso reforça a homofobia. É possível achar que a homossexualidade não é errada
e ainda assim ser homofóbico. Muitos cristãos inclusivos admitem que ser
homossexual não é imoral ou um pecado, e acham que isso é suficiente para não
serem considerados homofóbicos. Mas muitos que falam ter se atualizado
aceitando os homossexuais, ainda dizem coisas como "pode praticar a
homossexualidade, só não pode ser exagerado"; "tudo bem ser gay, mas
não seja escandaloso"; "você pode até viver a sua sexualidade, mas
não seja promíscuo" ou "a homossexualidade só é legítima se praticada
em relações monogâmicas compromissadas”. É fácil ver nisso como rótulos como “escandaloso”
e “promíscuo” são relacionados aos gays, enquanto não ocorre o mesmo com os
heterossexuais. Esse é um discurso seletivo e estigmatizante, pois ele faz
parecer que ser gay tem a ver com promiscuidade e escândalo, enquanto não se
diz o mesmo dos heterossexuais.
Muitos
lgbts conservadores e cristãos inclusivos acham que sua imagem é "manchada"
por gays que vivem sua sexualidade livremente. A verdade é que esse discurso
continua sendo homofóbico, continua dizendo ao homossexual que ele até pode ser
gay, mas nem tanto; ou que ele pode viver sua sexualidade, mas desde que tome
como padrão o que acontece nas relações monogâmicas compromissadas dos
heterossexuais. A homofobia não deixa de ser homofobia porque agora se
apresenta num suposto discurso inclusivo de aceitação da homossexualidade.
Não há
nenhum problema com o cristão que faz o voto de não fazer sexo antes do
casamento. Devemos ser fiéis aos nossos votos. Certa vez, um seminarista a
padre romanista queria ficar comigo e namorar, tomei a decisão de recusar tal
proposta, entre outras coisas, por entender que ele estava se preparando para o
voto do celibato, conforme a disciplina que a Igreja Romana ainda exige aos
seminaristas e padres, e que seria errado participar com ele numa vida que vai contra
o compromisso que ele assume com a Igreja. Dei esse exemplo para dizer que
podemos ver o casamento como um voto. Quem deseja assumir o compromisso de um
relacionamento monogâmico deve ser fiel ao que decidiu, não deve cometer adultério
sobre a desculpa de que o casamento é, historicamente, apenas um contrato. Como
cristãos, devemos ser fiéis aos votos e compromissos que assumimos. Mas o
casamento é apenas isso, um voto, ninguém é obrigado a fazê-lo.
Precisamos
reconhecer a legitimidade de relacionamentos abertos não-monogâmicos ou de namorados
que desejam iniciar a vida sexual antes de se casarem, por mais que a cultura
evangélica conservadora deteste essa ideia. Não há nenhuma base racional para
sustentar que o sexo antes do casamento seja imoral e, nós, cristãos
homossexuais, não devemos comprar esse discurso. Se um cristão deseja se casar
e quer se manter em castidade até o casamento, isso é um direito seu que deve
ser respeitado. Todavia, impor aos homossexuais o casamento monogâmico como uma
lei obrigatória é algo que só contribui para reforçar a homofobia e a ordem
heterossexual compulsória.
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