O MÉTODO FENOMENOLÓGICO - DUANE H. DAVIS (TRADUÇÃO)

 

Se, pouco mais de cem anos após seu desenvolvimento inicial, nos perguntamos qual poderia ser o sentido e o significado do método fenomenológico para nós hoje, faz-se necessário que a articulação dessa posição seja fundamentalmente situada na interseccionalidade que é a existência humana. Desde o seu início no pensamento de Husserl, a fenomenologia tem sido consistentemente definida como uma resposta à crise - uma investigação crítica sobre a própria natureza do nosso ser. Não há dúvida de que o método fenomenológico de Husserl, quer de maneira notória ou não, invoca uma virada transcendental que se baseia no poder reflexivo do ego transcendental, no entanto, isso só poderá ter para nós importância caso se refira a algo concreto. Husserl observou que toda subjetividade é intersubjetividade. Devemos, pois considerar tais diferenciais não apenas entre nossos diferentes egos, mas dentro dos egos que estamos nos tornando. A subjetividade transcendental deve ser redescrita em termos de interseccionalidade para que se possa desenvolver uma fenomenologia crítica. Como veremos, o método fenomenológico fornece a base para fazermos isso. Outra forma mais direta de enfatizar a práxis deste projeto é descrever a interseccionalidade como a ocasião para a reimplantação da fenomenologia. Assim, raça, gênero e classe e sua interseção não podem ser meros apêndices à fenomenologia caso ela pretenda ser relevante hoje a fim de nos direcionar em relação às crises em curso que enfrentamos diariamente.

Vou começar com uma descrição geral do método fenomenológico - partindo mais de seus princípios gerais do que a partir de um teórico específico. Existem grandes diferenças nos sentidos atribuídos ao método fenomenológico entre os vários filósofos que estão associados ao movimento fenomenológico. Dada a brevidade deste ensaio, não podemos nos dar ao luxo de explorar as nuances da posição de algum fenomenólogo específico; no entanto, na última parte deste ensaio, gostaria de chamar a atenção brevemente para um pequeno aspecto do pensamento de Husserl que pode nos ajudar a compreender o projeto de uma fenomenologia crítica em uma direção semelhante à visão de Patricia Hill Collins.


O SENTIDO GERAL DO MÉTODO FENOMENOLÓGICO

 

O método fenomenológico é uma tentativa de oferecer descrições prescritivas do mundo em que vivemos.  Ele envolve a transformação da maneira como entendemos nosso mundo de tal forma que possamos nos impressionar com ele, trata-se da tentativa de ver nosso mundo como se fosse pela primeira vez, através de olhos não impregnados. Essa transformação deve ser afetada pela suspensão de nossos pressupostos habituais e teóricos de modo a permitir que o mundo se mostre a nós tal como ele é em si mesmo.

Quando lemos que a fenomenologia é uma descrição daquilo que aparece, vemos que há algo em jogo aqui que não se resume à perspectiva subjetiva ou à cosmovisão - a forma como algo aparece para alguém, para sua cultura ou mesmo para qualquer cultura. Aquilo que aparece no sentido fenomenológico não é uma construção psíquica. Da mesma forma, a descrição daquilo que aparece tal como se mostra em si mesmo não se trata de uma descrição objetiva. Aquilo que aparece no sentido fenomenológico não é uma abstração desprovida de um mundo. O método fenomenológico não é uma tentativa de eliminar o preconceito subjetivo para revelar a verdade objetiva - ao invés disso, o fenomenólogo considera a pretensão da objetividade tradicional um preconceito do mesmo modo que o capricho da subjetividade. Como veremos, é útil lembrar que a fenomenologia procura ddescrever os fenômenos enquanto processos - do vir-a-aparecer. Os principais aspectos do método fenomenológico que consideraremos aqui incluem a intencionalidade, a epoché, as reduções fenomenológicas e eidéticas e a subjetividade transcendental. Cada um desses aspectos do método fenomenológico está entrelaçado com os outros, mas devemos tentar distinguir esses aspectos a fim de desvelar o projeto da fenomenologia crítica.

Sem dúvida, o insight fundamental do método fenomenológico é a intencionalidade: nosso entendimento está sempre engajado no mundo. Estamos no mundo que entendemos (compreendemos). Isso significa que nem a subjetividade nem a objetividade são uma ilusão epifenomenal determinada pela exclusão da outra, mas ambas estão inelutavelmente ligadas. O princípio da intencionalidade, portanto, oferece um novo ponto de vista para buscar a compreensão do mundo, uma vez que não estamos mais equiparando a consciência a alguma interioridade que se contrapõe a alguma exterioridade que deve ser relacionada por meio de uma manipulação metafísica. Ao invés disso, a consciência intencional fenomenológica é a própria relação de tal modo que a consciência é sempre “consciência de” algo. À medida que os fenomenólogos existenciais (ou seja, Heidegger, Merleau-Ponty, Beauvoir e Sartre) expandiram a posição de Husserl, eles exploraram a intencionalidade como uma relação íntima e exploraram seu significado de maneiras não restritas à sua formulação epistemológica. Ou seja, a consciência não é apenas uma relação conhecida por quem conhece, mas também é "ser-no-mundo" ou "a carne do mundo".

Seja como for, essa consciência fenomenológica intencional não é fácil de encontrar; é uma conquista - uma alteração radical da consciência cotidiana e teórica. Nossas formas mais comuns de compreensão são motivadas por preconceitos e hábitos que podem se originar individual ou culturalmente. A fenomenologia é, como o nome indica, uma descrição daquilo que aparece e começa como uma reflexão sobre as experiências à medida que as vivemos. A experiência vivida (Erlebnis) é transitória, fugaz e não intrinsecamente confiável como forma de compreensão. No entanto, esse é o tipo de compreensão que prevalece em nossas maneiras cotidianas de agir e interagir no mundo. Husserl chama de atitude natural à esse entendimento acrítico do mundo, em oposição ao que ele denominou de atitude fenomenológica. A fenomenologia envolve uma alteração radical da consciência - uma mudança completa de atitude em relação ao que aparece, o que implica uma suspensão da atitude natural. No entanto, essa “mera mudança de atitude” contém “a chave para toda filosofia genuína”.

Pelo menos de acordo com Husserl, a fenomenologia deveria ser uma filosofia sem pressupostos. Para que os fenômenos apareçam de maneira desimpedida como as relações intencionais da consciência fenomenológica, devemos suspender nossas suposições cotidianas sobre os fenômenos, bem como nossas predisposições teóricas. Para descrever este processo de “colocar entre parênteses” ou “colocar fora de circuito” nossos pressupostos, Husserl adotou um termo dos antigos céticos gregos : a epoché. Somente por meio desse árduo exercício crítico podemos desvelar os fenômenos tais como eles aparecem em si mesmos.

As reduções fenomenológicas e eidéticas são o outro lado da mesma moeda, por assim dizer, da epoché. Efetuar a epoché é o primeiro passo na redução fenomenológica. (É o primeiro logicamente, e não temporalmente). Podemos pensar na palavra redução em seu sentido culinário, quando um molho é reduzido à sua essência: seu caráter definidor torna-se inequivocamente manifesto. Ao deixar de lado os vieses habituais, a redução fenomenológica fornece livre acesso à experiência real e potencial dos fenômenos concebidos dentro da relação intencional, enquanto a redução eidética fornece acesso às "estruturas essenciais invariáveis" dos fenômenos. Essas ideias ou estruturas essenciais são possíveis apenas por meio da reflexão transcendental. Ou seja, as condições de possibilidade dos aparecimentos são desvelados por meio dessa reflexão intensa.

E assim, por meio da operação da atitude cética da epoché e ao mesmo tempo pelo engajamento nas reduções fenomenológicas e eidéticas, o campo de subjetividade transcendental é desvelado como a condição da possibilidade do aparecimento dos fenômenos dentro de relações intencionais. É importante notar aqui que Husserl não equiparou a subjetividade transcendental com a subjetividade suprema dos modelos de indivíduo da filosofia ocidental do início da era moderna. A reflexão transcendental revela que a subjetividade do “eu penso” cartesiano, por exemplo, é apenas um aspecto psicológico da relação intencional da consciência em todas as suas possibilidades.

Portanto, a fenomenologia é uma busca rigorosa que pergunta pelas estruturas essenciais dos fenômenos. Tais estruturas só podem ser desveladas no contexto da intencionalidade. Suspendendo a atitude natural - os preconceitos habituais e teóricos mencionados - o fenômeno é reduzido à sua essência. As estruturas desveladas dos fenômenos evidenciam uma certa propriedade. Especialmente para Husserl,o método fenomenológico nos leva de volta às coisas mesmas.

A fenomenologia de Husserl desenvolveu-se constantemente ao longo de sua carreira, mas seu status como um projeto de purificação permaneceu constante. O processo de purificação do conhecimento é alcançado apenas por meio da fenomenologia transcendental. É necessária uma "superação", como Husserl frequentemente afirma. Essa retórica de superar as limitações, preconceitos, erros e vicissitudes da experiência cotidiana e pressupostos teóricos alude a uma crise em nossa compreensão de mundo. Husserl acreditava que essas crises, tanto teóricas quanto práticas, só poderiam ser enfrentadas com o emprego do método fenomenológico. Agora devemos considerar novamente o valor da fenomenologia crítica ao abordar as crises contemporâneas que compreendemos em termos de interseccionalidade.


A PRÁXIS DO PROJETO DE UMA FENOMENOLOGIA CRÍTICA

 

Agora que temos uma noção geral do método fenomenológico, vamos dar uma breve atenção específica a um aspecto do problema acima mencionado da suspensão da atitude natural na fenomenologia de Husserl. Husserl parece estar afirmando ao mesmo tempo que estamos engajados dentro do mundo da experiência vivida e que não estamos. No entanto, essa aparente contradição também pode fornecer uma maneira de mostrar a práxis do projeto de uma fenomenologia interseccional.

O método fenomenológico é muitas vezes descartado superficialmente por abrigar um idealismo inexorável, apesar do fato de ter a intenção de fornecer uma descrição crítica e mundificada desde o início. Husserl abordou isso mesmo no que é geralmente considerado como a obra de sua fase mais idealista de  em Idéias I. Husserl indicou que, quando alguém emprega o método fenomenológico, permanece no mundo que lhe diz respeito. Em outras palavras, quando alguém realiza a virada (giro) transcendental, o mundo continua girando. Mais especificamente, Husserl afirmou que embora o método fenomenológico envolva uma suspensão da tese geral da atitude natural em favor da atitude fenomenológica, o mundo da atitude natural é o local onde tudo isso acontece.

Segundo Husserl, o método fenomenológico busca um conhecimento apodítico, necessário e certo. Claro, esse objetivo foi questionado pelos fenomenólogos existenciais mencionados. Merleau-Ponty pontuou isso de forma sucinta quando disse que “a lição mais importante da redução é a impossibilidade de uma redução completa”. Mesmo assim, tanto os husserlianos ortodoxos como os pensadores existenciais se consideram fenomenólogos. Assim, o método fenomenológico parece se propor a buscar objetivos aparentemente contraditórios em sua tentativa de oferecer descrições prescritivas.

Os fenomenólogos às vezes falam dos objetos intencionais desvelados no campo transcendental pela epoché e pela redução como "objetos-intencionados" ou "objetos-significados". É claro que a fenomenologia se empenha em desvelar as estruturas essenciais dos fenômenos situados em uma trama de relações, às vezes referida como o fundamento de uma figura, um horizonte intencional ou como mundo da vida. De qualquer modo, a propriedade mencionada é obtida aqui por meio de descrições prescritivas de tal modo que um fenômeno manifesta “seu relacionamento universal em um retorno em direção a si mesmo” . Husserl deseja que essa reflexividade seja metafisicamente adequada, embora crítica.

O problema é que a limitação da atitude natural significa que ela só pode dizer a respeito da experiência do mundo natural, enquanto a atitude fenomenológica desvela as estruturas transcendentais essenciais de nossa experiência. No entanto, ao mesmo tempo, a reflexão transcendental do mundo fenomenológico tem seu lugar justamente no mundo da atitude natural. Isso significa que precisamos olhar mais de perto como essas duas atitudes podem se dar em uma co-possibilidade.

No final do primeiro capítulo de Idéias I, Husserl afirma que os domínios da ciência empírica (ou seja, a atitude natural) e da ciência eidética (ou seja, a atitude fenomenológica) são bastante distintos, no entanto “a distinção radical de forma alguma impede o intercruzamento e a sobreposição [überschiebung]. ” A palavra "überschiebung" é um termo geológico técnico que descreve o deslizamento de uma placa tectônica sobre outra. É interessante que a raiz do verbo "schieben" signifique “empurrar ou mover”, mas também tem um sentido idiomático de descartar ou desviar a culpa - colocar a culpa em alguém.

O modo como Husserl explica essa sobreposição é dizendo que o mundo permanece presente para nós, é somente sua natureza objetiva que é colocada "entre parêntesis". Tudo depende da sobreposição da tese da atitude natural e da atitude fenomenológica, para que o método fenomenológico tenha relevância prática. A tese geral da atitude natural é uma conexão tácita e necessária dentro do mundo que é obviamente consistente com a intencionalidade da consciência. Husserl pontua que o mundo está presente, quer nos concentremos ou não em aspectos dele, mas essa presença é indeterminada, como um “horizonte nebuloso” cuja presença não é apenas como um mundo de fatos, mas “como uma mesma imediatez, como um mundo de valores, um mundo de bens, um mundo prático".

Nesse mundo indeterminado, mas necessariamente presente da atitude natural, podemos adotar uma variedade de outras atitudes. Husserl dá um exemplo de fenomenologia em prática no mundo. Ele ilustra essa sobreposição ao descrever como a atitude aritmética se sobrepõe à atitude natural. Posso estar ciente de que há livros sobre a mesa. Se eu voltar minha atenção para a pilha de livros, vejo que são dez. Mas posso adotar uma atitude aritmética e considerar o próprio número 10 em si mesmo, ao invés dos dez livros ao meu lado. Husserl aponta que as atitudes se sobrepõem. O mundo da atitude natural permanece presente “imperturbável pela adoção de outras atitudes” . Husserl afirma que “colocamos fora de circuito a tese geral que pertence à essência da atitude natural”: o mundo está “lá” para nós mesmo quando o colocamos entre parêntesis. A consciência fenomenológica pura é o resíduo da desconexão da tese da atitude natural, mas permanece situada no mundo. Esta é a virada transcendental na qual minhas atitudes ou pontos de vista se sobrepõem.

O contexto geral parece indicar que a atitude fenomenológica transcendental se sobrepõe à atitude natural de tal forma que  habita o mundo natural, que é fundamentado na atitude natural, isto é, que tem a capacidade de deslizar sobre a atitude natural sem perturbá-la mesmo quando a tese é alterada. Nós nos engajamos em uma certa suspensão da tese. Embora Husserl use a palavra "Aufhebung" (suspensão) para descrever essa alteração, ele deixa claro que não pretende se opor à tese geral da presença do mundo com sua antítese do não-ser. A tese sofre uma modificação “embora permaneça em si mesma o que é". Parece haver pouca dúvida de que essas seções ilustram uma sobreposição pacífica e estável de atitudes.

As metáforas guardam infinitos significados, alguns dos quais desvelamos por meio de nossa atenção cuidadosa - com ou sem consideração às supostas intenções do autor. A metáfora geológica de Husserl ressoa de várias maneiras. Devemos suspender nossa atitude acrítica em relação ao texto de Husserl, mesmo enquanto ele permanece presente para nós, indefinidamente como um horizonte nebuloso...

Vamos buscar outras ressonâncias dessa metáfora geológica. A ideia de que essa sobreposição (“überschiebung”) deve ser a ocasião para verdades que são “inabaláveis” é a escolha de uma metáfora muito interessante. A tectônica de placas ensina que, quando uma placa desliza sobre a outra, os resultados são tudo, menos estáveis. Uma placa invade a outra, resultando em uma instabilidade profunda e generalizada de tal forma que desconfiamos do próprio terreno em que estamos. E, independentemente do que Husserl possa ter pensado sobre isso, novas maneiras de apreciar o método fenomenológico podem se abrir exatamente onde ele indica instabilidade e gera admiração a respeito de um terreno sempre mutante e trêmulo.

Seguindo os fenomenólogos existenciais, reconhecemos a práxis do projeto dessa instabilidade e invasão, em vez de considerá-la como algo a ser superado por um processo de purificação. Mais importante, reconheçamos essa invasão e sobreposição de diferenças tanto entre todos nós quanto como a interseccionalidade das diferenças que nós mesmos somos. Para alcançar uma fenomenologia crítica, a fenomenologia deve ser vista como uma filosofia da diferença ao invés de uma filosofia da identidade. Ou, dito de outra forma, quando nossa identidade pessoal é revelada como interseccional, podemos vir a desvelar nossas identidades sociopolíticas como a diferença das diferenças. Fiel ao espírito do método fenomenológico, isso nos permite ver nossas identidades, pessoais e públicas, como fenômenos interseccionais - como surgindo como invasão ou sobreposição. Isso está mais em acordo com a concepção de Husserl de que toda subjetividade é intersubjetiva e que nossas relações com os outros são "co-transcendentais".

O trabalho marcante de Patricia Hill Collins na teoria interseccional é instrutivo para ajudar a realizar a práxis do projeto da fenomenologia crítica. Collins aborda a interseccionalidade como situada dentro das relações de poder, como uma estratégia útil para desvelar fenômenos sociais, bem como uma práxis crítica. Ela define interseccionalidade sucintamente da seguinte forma: “O termo interseccionalidade faz referência ao insight crítico de que raça, classe, gênero, sexualidade, etnia, nação, habilidade e idade operam não como entidades unitárias e mutuamente exclusivas, mas sim como fenômenos de construção recíproca.” Ela se volta para a teoria da formação racial para mostrar como sua interseccionalidade não confunde os discursos sobre raça com as relações de poder que descreve. “Ambos são mantidos separados, mas interconectados.” Para invocar a metáfora husserliana, eles se sobrepõem. Mas a solução de Collins envolve o tumulto e a invasão das diferenças na interseccionalidade. As consequências de enfrentar essa limitação implicam que nos aproximemos de nossas identidades - como subjetividades sujeitas aos mesmos tipos de contingências que vemos quando consideramos as relações intersubjetivas. Quando Collins conclui que a interseccionalidade deve manter sua “abordagem crítica”, ela também fornece um modelo de como a fenomenologia pode contribuir para esse projeto autocrítico. Mas isso requer que a fenomenologia se situe no mesmo domínio crítico.

Desse modo, pode-se dizer que a interseccionalidade nos mostra o complemento da observação de Husserl: toda intersubjetividade é subjetividade. A base transcendental sobre a qual nossas reflexões se encontram não é uma base sagrada. A subjetividade está sempre sujeita às estruturas com as quais se interessa e às quais descreve criticamente. Talvez isso manifeste o espírito da intencionalidade: pretender, interessar-se com aquilo dentro do qual se aparece como fenômeno.

 

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Referência: WEISS, Gail, MURPHY, Ann V.; SALAMON, Gayle. 50 Concepts for a Critical Phenomenology. Evanston: Northwestern University Press, 2020.


Comentários

Marilda disse…
Bruno, vc é maravilhouser! Te amo!

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