TAXONOMIA DAS POSIÇÕES EM FILOSOFIA POLÍTICA
O
objetivo deste texto consiste em apresentar uma taxonomia das posições em
filosofia política, focando em proposta normativas de formas de organização
sociopolítica. As teorias são agrupadas em nove categorias, sendo que algumas
podem ser defendidas de forma combinada. As nove categorias são: (i) liberalismo; (ii) Conservadorismo; (iii) Socialismo; (iv) Anarquismo; (v)
Autoritarismo; (vi) Republicanismo; (vii) Contratualismo; (viii) Comunitarismo
e (ix) Progressismo. Por fim, as posições são classificadas em esqueda,
centro-esquerda, centro, centro-direita e direita.
(1)
LIBERALISMO: Posição que adota três teses: (i) a
igualdade moral fundamental das pessoas, (ii) a prioridade da liberdade
individual, e (iii) a exigência de que o poder político seja publicamente
justificável a cidadãos livres e iguais.
=> (1.1) Libertarianismo: posição que entende a
liberdade primariamente como não-interferência, sustenta direitos individuais
pré-políticos e defende propriedade privada robusta, defendendo mercados livres
como o único mecanismo moralmente legítimo de coordenação social.
-> (1.1.1) Libertarianismo de direita: vertente do libertarianismo que
valoriza fortemente a propriedade privada e mercados livres como mecanismo
central de coordenação social, sustentando que a coerção estatal deve ser
mínima ou inexistente, rejeitando qualquer ideal de igualdade social.
- (1.1.1.1) Minarquismo: posição que
defende que um Estado mínimo é moralmente permissível exclusivamente para
funções de proteção contra violência, fraude e violação contratual, rejeitando
qualquer função redistributiva.
- (1.1.1.2) Anarcocapitalismo de direita: Sustenta que nenhuma forma de Estado
é moralmente legítima e que todas as funções tradicionalmente estatais
(direito, segurança, justiça) podem ser fornecidas por instituições privadas
concorrenciais baseadas em contrato.
- (1.1.1.3) Libertarianismo Consequencialista: Justifica mercados livres e
Estado mínimo não por direitos naturais, mas por seus resultados superiores em
eficiência, bem-estar ou prosperidade.
-> (1.1.2) Libertarianismo de Esquerda: vertente do libertarianismo que: (i)
aceita a autopropriedade, mas (ii) nega que a apropriação privada desigual de
recursos naturais seja moralmente neutra, e (iii) sustenta que igualdade ou
compensação distributiva é exigida pela justiça.
- (1.1.2.1) Geoísmo: Teoria segundo a qual bens produzidos podem ser
legitimamente apropriados e trocados privadamente, enquanto bens naturais
pertencem igualmente a todos e sua apropriação privada exige compensação
igualitária.
- (1.1.2.2) Libertarianismo Igualitário de Recursos: Teoria que combina
autopropriedade com a tese de que todos têm direito igual ao valor dos recursos
naturais, exigindo compensação contínua sempre que haja apropriação privada
desigual.
- (1.1.2.3) Anarcocapitalismo de Esquerda: Vertente que combina rejeição total
do Estado, defesa de mercados livres com privatização de todos os serviços sem
privilégios corporativos; e crítica à propriedade privada concentrada com
ênfase na igualdade econômica.
-
(1.1.1.2.4) Anarquismo de Mercado de Lei
Natural: Vertente que fundamenta o libertarianismo de esquerda em uma
teoria objetiva da lei natural que condena coerção, dominação e hierarquias
impostas.
(1.2) Liberalismo Igualitário: Conjunto de
teorias liberais que afirmam que desigualdades sociais e econômicas são
moralmente problemáticas e requerem justificação especial compatível com
igualdade moral.
-> (1.2.1) Liberalismo Social: Sustenta que liberdades formais só possuem
valor real se acompanhadas de condições materiais adequadas, legitimando
intervenção estatal para garantir educação, saúde e oportunidades equitativas.
-> (1.2.2) Liberalismo do Estado de Bem-Estar Social: posição que defende um modelo
institucional que implementa redistribuição por meio de seguridade social,
políticas públicas universais e regulação econômica.
-> (1.2.3) Liberalismo igualitário rawlsiano: Concepção
segundo a qual princípios de justiça devem ser estritamente políticos,
independentes de concepções metafísicas ou religiosas do bem, e justificáveis
sob pluralismo razoável, mantendo dois princípios centrais: (i) liberdades
básicas iguais e (ii) desigualdades apenas se beneficiarem os menos favorecidos
sob igualdade de oportunidades.
=> (1.3) Liberalismo Deliberativo: Teorias
liberais que sustentam que a legitimidade política depende de processos de
deliberação pública racional, inclusiva e livre de coerção, sendo o que
constitui uma democracia deliberativa que não é focada apenas no voto.
=> (1.4) Liberalismo Perfeccionista: defende que
o Estado pode promover certas concepções objetivas de bem humano (como
autonomia ou desenvolvimento racional), desde que respeite direitos básicos.
(2)
CONSERVADORISMO: tradição política caracterizada por
ceticismo epistemológico em relação ao racionalismo abstrato e valorização da
tradição, continuidade institucional, manutenção da ordem social apenas por
meio de mudanças lentas, graduais e moralmente limitadas.
=> (2.1) Conservadorismo Tradicional: Sustenta que instituições e costumes são
valiosos por incorporarem sabedoria prática acumulada, devendo ser preservados
salvo fortes razões em contrário.
=> (2.2) Conservadorismo Liberal: Combina defesa
do livre-mercado e direitos civis com ênfase maior em autoridade, hierarquia
social e coesão cultural.
=> (2.3) Conservadorismo Comunitarista: Afirma
que identidades morais são constituídas por práticas sociais e tradições,
criticando o individualismo abstrato liberal.
=> (2.4) Neoconservadorismo: Ideologia
político-estratégica que defende intervenção estatal externa para promover
instituições liberais e interesses nacionais.
=> (2.5) Conservadorismo Reacionário: Rejeita princípios centrais da
modernidade política (igualdade moral, democracia, secularismo) e busca
restaurar ordens sociais anteriores.
-> (2.5.1) Monarquismo Absolutista: Defesa de monarquias tradicionais, muitas
vezes ligadas a direito divino ou herança dinástica com valorização de
hierarquia rígida e ordem social estável.
-> (2.5.2) Tradicionalismo Religioso: Sustenta que a autoridade religiosa deve
nortear a política e a moral social; se opõe ao secularismo e à modernização da
lei.
- (2.5.2.1) Ultramontanismo Católico: Defesa da supremacia papal sobre assuntos
religiosos e políticos; busca integração da Igreja na política, valorizando
doutrina e hierarquia clerical.
- (2.5.2.2) Teonomia Calvinista: Propõe que a lei bíblica deve ser a base do
Estado, em especial a partir da ideia de que o código civil mosaico deve ser
restaurado e guiar o governo civil.
- (2.5.2.3) Islamismo Tradicionalista: Sustenta a aplicação da Sharia e das normas
religiosas como base para o Estado, rejeitando o secularismo e as constituições
modernas.
- (2.5.2.4) Judaísmo Tradicionalista: Defesa da lei judaica (Halachá) como guia
moral e social, incluindo aspectos de governança comunitária; se opõe a reformas
liberais que relativizam preceitos religiosos.
-> _(2.5.3) Aristrocratismo: Posição que prioriza a elite tradicional, o
privilégio hereditário e a preservação de classes sociais, vendo a igualdade
universal como artificial ou nociva.
-> (2.5.4) Reacionarismo Étnico-nacionalista: Busca restaurar uma identidade
nacional ou étnica “pura”, rejeitando liberalismo, imigração ou cosmopolitismo.
-> (2.5.5) Neofeudalismo: Propõe retorno a estruturas políticas e econômicas
pré-modernas, descentralizadas ou corporativas; pode defender comunidades
autônomas ou guildas como modelos de organização social.
- (2.5.5.1) Neofeudalismo clássico: defende a retomada de elementos da
organização social feudal, como hierarquias rígidas, privilégios hereditários,
descentralização do poder político, fidelidade e lealdade local, aplicando-os a
sociedades modernas ou propostas alternativas.
- (2.5.5.2) Arqueofuturismo: propõe uma sociedade hierarquizada, elitista e
identitária, onde valores “ancestrais” e culturais moldam a ordem social, mas combinando
isso com tecnologia avançada, criando um modelo de sociedade estratificada
tecnologicamente potente.
(3)
SOCIALISMO: conjunto de teorias que defendem formas
de controle social e coletivo sobre instituições e recursos, buscando limitar
dominação e promover participação coletiva, rejeitando a ênfase exclusiva na
autonomia individual e defendendo que justiça social exige mudanças
estruturais.
=> (3.1) Marxismo: Teoria crítica que analisa o
capitalismo como sistema baseado em exploração via extração de mais-valia,
alienação e luta de classes, defendendo sua superação histórica.
-> (3.1.1) Marxismo Ortodoxo: teoria que defende que a subversão à
infraestrutura econômico-material da sociedade é o motor principal da revolução
social.
- (3.1.1.1) Leninismo: posição que defende que a ditadura do proletariado deve
ser implementada por meio de partido de vanguarda e centralização política.
- (3.1.1.2) Trotskismo: posição que defende a revolução permanente e rejeita o
socialismo em um só país.
+ (3.1.1.2.1) Trotskismo Morenista: posição trotskista
que defende a revolução permanente com base em partidos de massas.
+ (3.1.1.2.2) Trotskismo Lambertista: posição trotskista que defende a revolução
permanente com base em centralismo organizativo.
- (3.1.1.3) Maoísmo: posição que defende a revolução com base no campesinato,
guerra popular prolongada e transformação cultural contínua.
- (3.1.1.4) Marxismo Aceleracionista: corrente que interpreta a dinâmica capitalista
como um motor de transformação social, defendendo que acelerar certas
contradições do capitalismo pode levar à sua superação mais rápida, em vez de
tentar contê-las ou moderá-las.
-> (3.1.2) Neomarxismo: posição que defende que transformações culturais,
ideológicas e dominação simbólica são mais importantes para a mudança social do
que a mudança da infraestrutura econômica.
=> (3.2) Socialismo Não-Marxista: Conjunto de
teorias que defendem formas de controle social ou democrático sobre
instituições e recursos por meio de reformas estruturais, buscando limitar
dominação, promover participação coletiva e corrigir injustiças sociais, mas
rejeitando o marxismo.
-> (3.2.1) Socialismo Cristão: posição que interpreta solidariedade e justiça
social como exigências éticas derivadas da doutrina cristã.
-> (3.2.2) Socialismo Democrático: posição que busca implementar reformas estruturais
e mudanças sociais por meios democráticos e institucionais, promovendo
participação coletiva e bem-estar, sem recorrer a revoluções violentas.
- (3.2.2.1) Socialismo Democrático Comunista: posição que defende uma transição
não-violenta ao comunismo, promovendo mudanças estruturais por meios legais e
democráticos, evitando ruptura revolucionária.
- (3.2.2.2) Socialismo Fabiano: posição que defende mudanças sociais profundas
por meio de leis, reformas políticas e influências intelectuais dentro de
instituições democráticas, em vez de estratégias de mobilização de classe,
revolução popular ou tomada direta do Estado.
- (3.2.2.3) Reformismo Clássico: posição que defende que a forma mais efetiva
de mudança social é a implementação gradual de políticas sociais e econômicas
por meio de reformas legais e parlamentares.
- (3.2.2.4) Trabalhismo: posição teórica que enfatiza o papel central dos
trabalhadores na sociedade, defendendo a proteção de seus direitos, a
representação institucional e a provisão de serviços universais de bem-estar
por meio de processos democráticos, buscando transformar estruturalmente a vida
social sem recorrer à revolução.
=> (3.3) Ecossocialismo: Perspectiva que integra
organização social com sustentabilidade ambiental, buscando equilíbrio
ecológico e gestão responsável dos recursos, sustentando que mudanças
estruturais profundas na sociedade e na economia são necessárias para enfrentar
os problemas ambientais, e que a preservação ambiental não pode se limitar a
ajustes superficiais dentro de sistemas econômicos existentes.
=>(3.4) Guildismo : Posição que defende um modelo
socialista que organiza a produção em guildas autônomas e democráticas, com
participação direta dos trabalhadores nas decisões.
(4) ANARQUISMO: Posição que rejeita a legitimidade moral da autoridade
coercitiva, especialmente do Estado.
=> (4.1) Anarquismo Individualista: posição que
defende fortemente a autonomia individual por meio da rejeição de qualquer
autoridade imposta, como o Estado.
=> (4.2) Anarquismo Coletivista: posição que
defende o fim do Estado, a propriedade coletiva dos meios de produção e
distribuição baseada no trabalho sem um estado de transição.
-> (4.2.1) Anarcocomunismo: posição que defende a abolição do Estado sem fase
de transição, do mercado e da propriedade privada, com distribuição segundo
necessidades.
-> (4.2.2) Anarquismo Sindicalista: posição que sustenta sindicatos
autogeridos como base da organização social, com fim do Estado.
-> (4.2.3) Anarquismo cooperativista: posição que sustenta cooperativas
autogeridas como base da organização social, com fim do Estado.
=> (4.3) Panarquismo: proposta metapolítica de
coexistência voluntária de múltiplos sistemas políticos.
=> (4.4) Anarquismo Libertário: corrente que
defende a eliminação do Estado e a autogestão comunitária, organizando a
sociedade por meio de associações voluntárias, cooperativas e participação
direta, com foco em liberdade individual e justiça social.
=> (4.5) Anarcocapitalismo: corrente que defende
a eliminação do Estado, mas organiza a sociedade com base inteiramente em
propriedade privada e mercados livres, incluindo privatização de todos os
serviços, até os essenciais como segurança e justiça. [pode ser de direita
1.1.1.2 ou esquerda 1.1.2.3 ]
(5) AUTORITARISMO: Doutrinas que legitimam concentração de poder
político e restrição sistemática de liberdades.
=> (5.1) Fascismo: posição que defende o
ultranacionalismo, corporativismo, repressão política e culto à liderança por
meio do controle total da vida social, econômica e cultural.
=> (5.2) Monarquismo Autoritário: posição que
defende a soberania concentrada em um monarca absoluto.
=> (5.3) Epistemocracia: posição que defende que
autoridade política deve ser exercida pelos mais competentes epistemicamente.
=> (5.4) Quarta Teoria Política: corrente que
rejeita o liberalismo, o marxismo e o fascismo enquanto modelos dominantes
universais, buscando construir uma alternativa política fundamentada em
identidade cultural, tradições civilizacionais e multipolaridade geopolítica,
subsumindo seletivamente elementos dessas correntes, reinterpretando-os segundo
seus próprios princípios, para oferecer respostas às crises da modernidade e da
globalização.
=> (5.5) Teocracia: posição que defendem um
governo autoritário que se fundamenta em leis ou autoridades religiosas.
=> (5.6) Queerocracia: posição que defende
reorganizar a sociedade por meio da coletivização radical da vida afetiva e
sexual, redistribuindo capital libidinal, desestabilizando família, gênero e
sexualidade tradicionais, e impondo novos modos de subjetividade e desejo
conforme decisões coletivas ou estatais.
(6) REPUBLICANISMO: Tradição que concebe liberdade como não-dominação e
enfatiza participação cívica e controle do poder com base na promoção do bem
público.
=> (6.1) Republicanismo Cívico: posição que
defende a virtude cívica e bem comum como fundamentos da liberdade, com ênfase
em participação ativa e vigilância cidadã.
=> (6.2) Republicanismo Social: posição que
defende a soberania popular e vontade geral como fonte da lei.
=> (6.3) Republicanismo Perfeccionista: posição
que defende a república como instrumento para promover virtudes e concepções
objetivas de bem comum.
(7) CONTRATUALISMO POLÍTICO: Teorias que justificam autoridade política
por meio de acordo racional hipotético.
=> (7.1) Contratualismo Hobbesiano: posição que
defende um contrato social que justifique a soberania absoluta para evitar o
caos.
=> (7.2) Contratualismo Liberal: posição que
defende um contrato social que legitime um governo limitado e direitos
naturais.
=> (7.3) Contratualismo Histórico: posição que
sustenta que a autoridade política e a organização social surgem naturalmente a
partir de interações sociais, hábitos culturais e consenso tácito, combinando
tradição, normas cívicas e virtudes, sem depender de um contrato racional
formal.
=> (7.4) Contratualismo Republicano: posição que
defende um contrato social como expressão da vontade geral.
=> (7.5) Contratualismo Kantiano: posição que
defende o Estado como autorizado a usar a coerção para promover a autonomia
racional e uma sociedade baseada naquilo que todo agente racional poderia
universalmente desejar como forma de organização social apropriada.
=> (7.6) Contratualismo Rawlsiano: posição que
defende que a melhor forma de organização social e política é aquela governada
por princípios escolhidos sob o véu da ignorância.
=> (7.7) Contratualismo Scanloniano: posição que
justifica a autoridade política por princípios que ninguém poderia
razoavelmente rejeitar, estabelecendo normas e regras aceitas coletivamente.
(8)
COMUNITARISMO: Corrente que enfatiza que valores,
identidades e responsabilidades dos indivíduos são socialmente constituídos e
dependem de práticas, tradições e entendimentos compartilhados. Critica o
individualismo liberal e defende que a política deve priorizar o bem comum e a
coesão comunitária, integrando a justiça à vida social de maneira
contextualizada, sem reduzir o indivíduo a agente isolado.
=> (8.1) Comunitarismo Clássico: vertente que
considera a comunidade como núcleo da vida política, enfatizando a primazia do
bem comum e dos valores coletivos sobre os direitos individuais abstratos,
buscando integrar normas sociais, tradições e identidade cultural à justiça
política.
=> (8.2) Comunitarismo Contextual: posição que vê
a justiça e os princípios políticos como inseridos nas especificidades das
comunidades, adaptando normas e valores ao contexto social e cultural local.
=> (8.3) Comunitarismo Conservador: posição que
valoriza tradições rígidas, hierarquias comunitárias e fins constitutivos da
vida social, podendo limitar a capacidade de questionamento individual em prol
da coesão social.
=> (8.5) Comunitarismo Progressista: posição que
busca equilibrar unidade e diversidade dentro da comunidade, fortalecendo laços
sociais e culturais sem comprometer a autonomia individual, e promovendo
reformas sociais compatíveis com valores comunitários.
=> (8.6) Multiculturalismo: posição que aplica
ideias comunitaristas em sociedades pluralistas, buscando reconhecer, proteger
e acomodar a diversidade cultural e identitária, garantindo que grupos
minoritários possam exercer seus direitos e preservar suas práticas sem
comprometer princípios de justiça e igualdade.
-> (8.6.1) Multiculturalismo Conservador: posição que foca na preservação das
tradições e práticas culturais de minorias, resistindo à influência liberal e à
ênfase na autonomia individual.
-> (8.6.2) Multiculturalismo Progressista: posição que busca combater exclusão
e estigma, garantindo acesso equitativo a recursos e direitos liberais,
promovendo inclusão e pluralismo.
(9) PROGRESSISMO: Posição que defende a evolução da sociedade por meio
da correção de injustiças sistêmicas contra grupos minoritários e promoção de
direitos sociais baseados na inclusão.
=> (9.1) Progressismo Liberal: posição que
defende reformas graduais dentro da democracia constitucional a fim de garantir
os direitos das minorias sociais e sua inclusão.
=> (9.2) Progressismo Identitário: posição que
defende o reconhecimento de identidades dissidentes e a utilização de políticas
afirmativas como melhor forma para a construção de uma sociedade justa.
=> (9.3) Progressismo Radical: posição que
defende que uma sociedade sem opressão de minorias sociais só será alcançada
por meios revolucionários.
Dada
esta taxonomia, as posições podem ser classificadas no espectro político
esquerda – direita, do seguinte modo:
Esquerda
Posições
que priorizam fortemente igualdade social, justiça estrutural e transformação radical,
frequentemente rejeitando concentração de propriedade ou poder hierárquico
coercitivo, abrangendo mudanças econômicas e culturais.
(1.1.2.2)
Libertarianismo de Esquerda Igualitário de Recursos
(3.1.1.1)
Leninismo
(3.1.1.2.1)
Trotskismo Morenista
(3.1.1.2.2)
Trotskismo Lambertista
(3.1.1.3)
Maoísmo
(3.1.1.4)
Marxismo Aceleracionista
(3.3) Ecossocialismo
(4.2.1)
Anarcocomunismo
(4.2.2)
Anarquismo Sindicalista
(4.2.3)
Anarquismo Cooperativista
(4.4)
Anarquismo Libertário
(5.6)
Queerocracia
(9.2)
Progressismo Identitário
(9.3)
Progressismo Radical
Centro-Esquerda
Posições
que equilibram liberdade individual e justiça social, defendendo reforma
institucional, redistribuição moderada e mercados limitados, sem exigir
revolução radical.
(1.1.2.1)
Geoísmo
(1.1.2.3)
Anarcocapitalismo de Esquerda
(1.1.2.4)
Anarquismo de Mercado de Lei Natural
(1.2.1)
Liberalismo Social
(1.2.2)
Liberalismo do Estado de Bem-Estar Social
(3.1.2)
Neomarxismo
(3.2.1)
Socialismo Cristão
(3.2.2.1)
Socialismo Democrático Comunista
(3.2.2.2)
Socialismo Fabiano
(3.2.2.3)
Reformismo Clássico
(3.2.2.4)
Trabalhismo
(3.4)
Guildismo
(6.2)
Republicanismo Social
(8.5)
Comunitarismo Progressista
(8.6.2)
Multiculturalismo Progressista
(9.1)
Progressismo Liberal
Centro
Posições
que priorizam liberdade individual e princípios políticos neutros, mantendo
equilíbrio entre mudança social moderada e estabilidade institucional,
defendendo reformas graduais e pluralismo de concepções do bem.
(7.6)
Contratualismo Rawlsiano
(1.2.3)
Liberalismo Político
(1.3)
Liberalismo Deliberativo
(1.4)
Liberalismo Perfeccionista
(4.3)
Panarquismo
(6.1)
Republicanismo Cívico
(6.3)
Republicanismo Perfeccionista
(7.2)
Contratualismo Liberal
(7.3)
Contratualismo Histórico
(7.4)
Contratualismo Republicano
(7.5)
Contratualismo Kantiano
(7.7)
Contratualismo Scanloniano
(8.2)
Comunitarismo Contextual
(4.1)
Anarquismo Individualista
Centro-Direita
Posições
que valorizam ordem social, mercados e tradição, combinando liberdade
individual com autoridade limitada, defendendo estabilidade institucional,
respeito à propriedade privada e hierarquia moderada.
(1.1.1.1)
Minarquismo
(1.1.1.3)
Libertarianismo Consequencialista
(2.1)
Conservadorismo Tradicional
(2.2)
Conservadorismo Liberal
(2.3)
Conservadorismo Comunitarista
(8.1)
Comunitarismo Clássico
(8.3)
Comunitarismo Conservador
(8.6.1)
Multiculturalismo Conservador
Direita
Posições
que defendem hierarquia rígida, autoridade forte, doutrina religiosa ou
propriedade concentrada como base política, podendo buscar restaurar ou
reforçar ordens sociais tradicionais ou elitistas.
(1.1.1.2)
Anarcocapitalismo de direita
(2.4)
Neoconservadorismo
(2.5.1)
Monarquismo Absolutista
(2.5.2.1)
Ultramontanismo Católico
(2.5.2.2)
Teonomia Calvinista
(2.5.2.3)
Islamismo Tradicionalista
(2.5.2.4)
Judaísmo Tradicionalista
(2.5.3)
Aristocratismo
(2.5.4)
Reacionarismo Étnico-nacionalista
(2.5.5)
Neofeudalismo
(5.1)
Fascismo
(5.2)
Monarquismo Autoritário
(5.3)
Epistemocracia
(5.4)
Quarta Teoria Política
(5.5)
Teocracia

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