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IMAGINÁRIO DECOLONIAL - TEXTO DE EDUARDO MENDIETA (TRADUÇÃO)

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  O trabalho clássico considerado como a primeira articulação da noção filosófica de “imaginário decolonial” é o livro de Emma Pérez de 1999, chamado " The Decolonial Imaginary: Writing Chicanas into History " (O Imaginário Decolonial: escritas chicanas na História). Embora Pérez seja uma historiadora e seu texto seja uma intervenção pontual na prática da escrita historiográfica, ele não deixa de ser um texto muito influenciado pela filosofia em geral e, em particular, pela obra do filósofo da história Hayden White e do filósofo francês Michel Foucault. Na verdade, um dos objetivos de Pérez é desenterrar, resgatar, restaurar e reativar os conhecimentos "subjugados" dos cidadãos estadunidenses de origem mexicana, chamados de “chicanos”, especialmente em relação ao conhecimento das mulheres chicanas lésbicas. O que também torna o livro de Pérez um texto-chave é sua distintiva abordagem interseccional. Isso fica evidente na forma como o livro está dividido em três seçõ...

DIFERENÇA ONTOLÓGICA E TEOLOGIA PÓS-TEÍSTA - TEXTO DE JOHN D. CAPUTO (TRADUÇÃO)

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  Diferença ontológica. Esta expressão se refere à distinção entre ser ( Sein ) e entes ( Seienden ) na obra de Martin Heidegger. Rastrear a origem desta expressão fornece uma visão valiosa sobre o desenvolvimento da obra de Heidegger e, para além de Heidegger, na filosofia continental atual, incluindo a gênese de uma teologia pós-teísta posterior à morte de Deus. Embora a distinção seja central em " Ser e Tempo ", a expressão em si não aparece ali, sendo evidentemente reservada para “ Tempo e Ser ”, a famosa parte que faltava, e que acaba por conduzir a uma formulação mais radical na década de 1940.

O CONCEITO FENOMENOLÓGICO DE MÁ-FÉ - TEXTO DE LEWIS R. GORDON (TRADUÇÃO)

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  O conceito de má-fé possui uma história tanto na linguagem do senso comum quanto na tradição filosófica. Há, pois, um significado no senso comum e outro na filosofia. O primeiro está ligado a questões legais. Trata-se de apresentar um testemunho ou assumir um compromisso de má-fé, isto é, refere-se a dar um falso testemunho ou assumir um compromisso com falsas intenções. Já o significado filosófico, tem uma história complexa, emergindo principalmente de reflexões da filosofia existencial francesa. Isso não quer dizer que o fenômeno descrito no existencialismo francês foi criado por ele. A história do sentido filosófico de má-fé talvez remonte a reflexões tão antigas quanto as míticas.

FENOMENOLOGIA CRÍTICA - TEXTO DE LISA GUENTHER (TRADUÇÃO)

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  A fenomenologia é uma prática filosófica de reflexão sobre as estruturas transcendentais que tornam possível e significativa a experiência viva da consciência. Ela inicia-se colocando entre parênteses a atitude natural, ou a suposição ingênua de que o mundo existe à parte da consciência e “reduzindo” a experiência cotidiana do mundo às estruturas básicas que constituem seu significado e coerência. O propósito dessa redução não é se abstrair da complexidade da experiência comum, mas antes conduzir ( reducere ) a reflexão de uma absorção acrítica no mundo para uma compreensão rigorosa das condições de possibilidade de qualquer mundo determinado. A mais básica dessas condições é o ego transcendental; não há experiência e, portanto, nenhuma experiência significativa, sem que haja um sujeito que viva essa experiência. Esse “sujeito” não é um simples " cogito " ou um “eu penso”; trata-se, em sua formulação mais básica, de uma relação ou orientação daquele que pensa para o pensame...

A IMPORTÂNCIA DA NARRATIVA MÍTICA NO FÉDON E O MITO BÍBLICO A RESPEITO DA VIDA APÓS A MORTE

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  O objetivo deste ensaio é trabalhar a importância da narrativa mítica no Fédon e associá-la com o mito bíblico a respeito da vida após a morte. Platão, no Fédon, recorre a postulados da tradição órfico-pitagórica para dar suporte aos seus argumentos de que a alma sobrevive à morte do corpo. Os mitos apresentam a morte como uma libertação para aqueles que levam uma vida virtuosa, de modo que o filósofo anseia a morte, encarando-a com serenidade (SOBRINHO, 2007). De igual modo, os cristãos, com base no mito bíblico, creem que os virtuosos, em uma vida futura, gozarão de felicidade eterna. É assim, pois, que mártires cristãos encararam a sentença de morte a eles impostas com muita tranquilidade, certos de entrar na glória celestial ao deixarem este corpo.             Podemos lembrar, por exemplo, de como o reformador Jan Huss (1369-1415) encarou heroicamente o martírio. Huss, enquanto um reformador, desafiou a Igreja Medieval ...

UMA CRÍTICA À CONDENAÇÃO DO SEXO ANTES DO CASAMENTO POR CRISTÃOS INCLUSIVOS

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     O objetivo deste texto é apresentar uma breve crítica à teologia inclusiva, pelo menos em uma de suas formas, a respeito da lei contra o sexo pré-marital. Algo que podemos perceber no Cristianismo gay é a aceitação da homossexualidade com a ressalva de que ela seja praticada somente dentro do contexto de relações monogâmicas compromissadas. O propósito deste pequeno ensaio é mostrar que essa ideia não faz sentido e ainda reforça a homofobia. Não pretendo, com isso, dizer que a teologia inclusiva é ruim, mas sim que é necessário que o Cristianismo gay faça uma autocrítica e reconheça suas limitações e problemas.

COMO TUDO TERMINARÁ?

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  O objetivo deste texto é pensar a partir de uma análise conjunta de texto bíblicos em associação com princípios éticos racionais, como será a Vinda de Cristo e o destino final dos justos e dos ímpios. Portanto, é preciso pensar: como e quando Jesus voltará? Serão os maus lançados no inferno eterno como punição final por seus atos? Serão os salvos arrebatados para morar no céu? Para responder tais questões precisamos perguntar tanto o que a Bíblia ensina quanto o que está de acordo com a Ética. Por exemplo, será que há base bíblica para crer que Deus atormentará pessoas no fogo para sempre? E, é compatível com a Ética que pessoas sejam torturadas por incontáveis bilhões de anos?

O MÉTODO FENOMENOLÓGICO - DUANE H. DAVIS (TRADUÇÃO)

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  Se, pouco mais de cem anos após seu desenvolvimento inicial, nos perguntamos qual poderia ser o sentido e o significado do método fenomenológico para nós hoje, faz-se necessário que a articulação dessa posição seja fundamentalmente situada na interseccionalidade que é a existência humana. Desde o seu início no pensamento de Husserl, a fenomenologia tem sido consistentemente definida como uma resposta à crise - uma investigação crítica sobre a própria natureza do nosso ser. Não há dúvida de que o método fenomenológico de Husserl, quer de maneira notória ou não, invoca uma virada transcendental que se baseia no poder reflexivo do ego transcendental, no entanto, isso só poderá ter para nós importância caso se refira a algo concreto. Husserl observou que toda subjetividade é intersubjetividade. Devemos, pois considerar tais diferenciais não apenas entre nossos diferentes egos, mas dentro dos egos que estamos nos tornando. A subjetividade transcendental deve ser redescrita em termos d...

FÉDON - PLATÃO (RESUMO)

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  O diálogo “Fédon” apresenta a defesa da imortalidade da alma por Sócrates pouco antes de sua morte. Seu discurso explica sua serenidade ao encarar a morte como uma passagem para uma condição melhor. Para Sócrates, os filósofos aceitam de bom grado a morte, não a veem com uma aniquilação ou perecimento, mas como uma libertação na qual a alma deixa o corpo alcançando um destino melhor. Cebes, porém, levanta uma objeção à essa perspectiva. Crê-se que deus cuida de nós durante a vida. Parece, assim, que entregar-se à morte significa abandonar uma condição na qual se tem os deuses por guia. Assim, como poderia achar o filósofo que tornar-se livre do cuidado dos guias divinos seja algo bom?

A BÍBLIA CONDENA A HOMOSSEXUALIDADE? - LIVRO PDF GRATUITO

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  LIVRO PDF DISPONÍVEL EM: https://drive.google.com/file/d/1AzoskH_HbbI1kALZAyTMSwYc-ZG3CIS7/view?usp=sharing

ELUCIDAÇÃO ONTOLÓGICA DO CONCEITO DE FENÔMENO (TEXTO DE MICHEL HENRY)

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  Devemos agora pensar sobre o que está envolvido na independência radical da realidade efetiva da essência da determinação ôntica . A essência é a essência da manifestação . O devir efetivo da essência significa o devir efetivo da manifestação : é a manifestação que se manifesta, ela é sua realidade. Que esta realidade efetiva não pode encontrar sua condição no ente decorre do fato de que o ente só pode manifestar a manifestação se ela se manifestar. Qualquer que seja a forma como a determinação manifesta a essência, ocultando-a ou indicando-a, em seu significado essencial ou não essencial, é necessário primeiro, para que esteja aí, que para ela a essência tenha cumprido a sua obra no  devir efetivo da fenomenalidade . 

A ESSÊNCIA E O CONCEITO ORIGINÁRIO DE FINITUDE (TEXTO DE MICHEL HENRY)

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  É preciso levar em conta aqui fortemente o significado de um problema que considera a essência.  O caráter ontológico dessa problemática significa que a essência constitui por si mesma a condição de possibilidade do aparecer enquanto tal. Se o elemento ôntico define uma condição dessa possibilidade, se pertence à estrutura interna do ato de aparecer considerado e  ele  próprio, então também pertence à essência, então trata-se de algo de caráter ontológico . O que deve ser questionado é a própria definição de tal elemento como ôntico. O que deve ser repensado é a distinção feita no real entre o que é ôntico e o que é ontológico. Bem, não se pode dissociar o que aparece e o ato de aparecer  se o conteúdo concreto do que aparece pertence como elemento constitutivo à própria estrutura do ato de aparecer como tal. É ou não o ente é uma condição da manifestação ?

A RELAÇÃO DA ESSÊNCIA COM A DETERMINAÇÃO ÔNTICA NA FILOSOFIA DA CONSCIÊNCIA (TEXTO DE MICHEL HENRY)

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  Da mesma forma que a  filosofia do ser e a filosofia da consciência  compartilham seus temas, compartilham também seus problemas. O vínculo do ser com ente se converte na filosofia da consciência no vínculo da consciência com a coisa , ou no do sujeito com o objeto . O sujeito está necessariamente relacionado com o objeto porque a essência com a ciência, idêntica à essência da manifestação entendida como os pressupostos fundamentais do monismo ontológico , inevitavelmente se refere à determinação quanto à verdade . O significado fenomenológico do vínculo indissociável que une a consciência e a coisa é percebido pela filosofia clássica  quando ela declarar que o sujeito só se conhece no objeto. O objeto intervém então na problemática da filosofia da consciência não como uma contribuição sintética e contingente em relação a ela, entendida como a essência da manifestação, mas...

A AMBIGUIDADE DO DASEIN HEIDEGGERIANO

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  O Dasein em Martin Heidegger ao mesmo tempo que é pensado em um fundamento nadificante , é apresento como sendo um ente . Significará a  ambiguidade crítica do  Dasein  heideggeriano que a filosofia do ser e, também a filosofia da consciência , não puderam permanecer fiéis em última instância ao seu desenho ontológico? O  pensamento da essência está sujeito em todos os casos a tal incapacidade que o faz perder exatamente o que foi seu objetivo ao longo do caminho? Deve uma queda inelutável impedir-nos decisivamente de entrar no  reino da presença compreendido em sua pureza? Ou não estará o caráter inelutável dessa queda, mesmo que possamos chamá-lo de inelutável, inscrito na própria essência e não deve ser compreendido, portanto, como um carácter eidético , isto é, como uma propriedade da própria essência e que nela se historiciza segundo a sua vontade?

CRÍTICA DA FILOSOFIA DA CONSCIÊNCIA (TEXTO DE MICHEL HENRY)

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  Se considerarmos que não há diferença entre a  filosofia do ser e a  filosofia da consciência , por que Heidegger achou por bem dirigir uma crítica radical contra esta última, que tem sido constantemente retomada? Indicamos o motivo da crítica: ela reside na vontade de não deixar a essência decair ao alcance da determinação que nela encontra o seu fundamento. A rejeição dos conceitos tradicionais de sujeito, subjetividade, consciência, razão, até mesmo de "pessoa"; a objeção feita incessantemente contra a legitimidade de seu emprego e segundo a qual a realidade que designam permanece sempre de fato inquestionável em seu ser significa a transcendência do ser em relação aos elementos pensados ​​como princípio da fenomenalidade ou, mais estritamente, do conhecimento. Pois o ser está além da determinação estabelecida como princípio, e neste além é o...

FILOSOFIA DA CONSCIÊNCIA E FILOSOFIA DO SER (TEXTO DE MICHEL HENRY)

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Os pressupostos ontológicos pensados pela tradição filosófica como  a condição da fenomenalidade  e, portanto, como constituindo a  essência  do fenômeno ,  podem ser denominados como  " monismo  ontológico ". Tais suposições regem, desde  sua  origem na Grécia, o desenvolvimento do pensamento ocidental; indicando a única direção de investigação e o único espaço onde algo pode se mostrar e, assim, ser encontrado por nós. A singularidade dessa direção só pode ser posta  em  questão por uma superação do monismo ,  e assim, surge o problema de  saber se  essa superação faz sentido, caso ,  de algum modo ,  se tenha tentado ou esboçado  alguma vez  o curso da história do pensamento humano .

PRESENÇA E ALIENAÇÃO (TEXTO DE MICHEL HENRY)

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  O ser só é fenômeno se está distante de si mesmo. A obra da distância fenomenológica entendida como potência ontológica , como  distância  naturante  e não simplesmente naturada , consiste precisamente em instituir o intervalo graças ao qual o ser poderá aparecer a si mesmo. O aparecimento , no contexto da distância fenomenológica, do ser que aparece, a manifestação desse ser é idêntica à sua existência . Por se fundar na distância, a existência do ser é diferente do próprio ser. Distingue-se dele assim como o que está longe de si mesmo; é ser ele mesmo, se assim o preferir, mas a uma distância de si mesmo, em sua não coincidência consigo mesmo; trata-se, pois, de estar na diferença . Consideremos, como o fez Johann Gottlieb Fichte , a parede em relação à qual dizemos que ela “é” . Aquilo no que consiste esse “é”, a saber, o ser da parede, “não é idêntico a ela, mas se distingue...

O CONCEITO DE DISTÂNCIA FENOMENOLÓGICA (TEXTO DE MICHEL HENRY)

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  Em um texto de objeções às Meditações de Descartes ,  Pierre Gassendi escreveu:  “Considerando a razão pela qual e como pode ser que o olho não se veja e que o entendimento não seja concebido, chegou-se à conclusão de que nada age sobre si mesmo; pois, na verdade, a mão, ou pelo menos a ponta da mão, não toca em si mesma, nem o chute chuta o próprio pé que chuta. Ora, visto que, por outro lado, é necessário ter conhecimento de uma coisa que essa coisa atua na faculdade que ela conhece, isto é, que lhe envia sua espécie ou que a informa e a preenche com sua imagem, é evidente que a própria faculdade, não estando fora de si, não pode transmitir para si sua espécie, nem, consequentemente, a forma, a noção de si mesma. E por que não se considera que o olho, que não  vê  a si mesmo, no entanto, vê-se a si mesmo em um espelho? Sem dúvida, porque entre  o  olho e o espelho existe um espaço, e o olho age da ...

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Bruno dos Santos Queiroz